Em menos de um ano de gestão tucana, a Petrobras já viu suas reservas encolherem aos níveis de 2001, um retrocesso de 15 anos que leva a chancela de Pedro Parente, presidente da estatal nomeado pelo governo Temer. A empresa fechou 2016 com 9,672 bilhões de barris de óleo, o que equivale a uma queda de 8% em relação a 2015 e similar às reservas registradas em 2001. Esse recuo, alerta a Federação Única dos Petroleiros (FUP), “não é mera coincidência.
“O desmonte promovido pelos golpistas está fazendo a Petrobrás voltar a ser o que era em 2001, quando Pedro Parente comandava o Conselho de Administração da empresa. Assim como hoje, os investimentos em exploração e produção de petróleo e gás sofreram cortes drásticos, fazendo com que a área mais estratégica da companhia fosse anos a fio sucateada”, afirma a FUP em documento divulgado nesta sexta-feira (27).
O esforço de recuperação da Petrobras empreendido nos governos Lula e Dilma multiplicaram mais de dez vezes os investimentos na exploração e produção. Como resultado, a estatal fez crescer suas reservas em 70% e foi capaz de descobrir o Pré-Sal. São essas conquistas que estão sendo liquidadas pela gestão de Pedro parente.
“A falta de investimentos exploratórios está afetando seriamente o valor da Petrobrás”, afirmou a Zag Consultoria ao jornal Valor Econômico.
Segundo a FUP, a gestão golpista da Petrobras joga contra a empresa, privilegiando os banqueiros, com juros e amortizações da dívida, e entregando às multinacionais os campos de petróleo promissores. “Enquanto isso, todas as seis sondas de perfuração da empresa estão hibernadas, os trabalhadores sem emprego, a economia do país em frangalhos e as agências de risco seguem negando o selo de ‘bom pagador’ à Petrobrás, ameaçando rebaixar ainda mais a sua nota de avaliação”.
Com informações da Federação Única dos Petroleiros