Michel Temer tem feito um périplo por programas de auditório de TV para convencer a todos de que a Reforma da Previdência, que retira uma série de direitos dos trabalhadores que recebem aposentadoria, é absolutamente necessária para que o sistema previdenciário não entre em colapso nos próximos anos.
Também tem gasto bilhões de reais em emendas parlamentares, para “convencer” os congressistas da sua base a votar em favor da sua reforma.
Mas o governo não tem atacado os verdadeiros responsáveis pelo suposto déficit que se gerou na Previdência: a sonegação maciça por parte de grandes empresários e bancos e os desvios de verbas previdenciárias para arcar com outros gastos do governo.
A Desvinculação das Receitas da União (DRU) retirou da Previdência, entre 2000 e 2015, o valor de R$ 614,9 bilhões. Atualizado pela taxa Selic, este valor seria hoje R$ 1,45 trilhão.
E o que fez o governo Temer, preocupado como se diz em reduzir o déficit previdenciário? Passou o percentual de retirada do orçamento da Seguridade Social via DRU de 20% para 30%.
Não é a aposentadoria paga ao trabalhador a responsável pelo tão propalado rombo na Previdência, nem é mexendo com os benefícios do trabalhador que vai se resolver qualquer questão.