Em apenas dois anos, o governo de Michel Temer reajustou nada menos que 245 vezes o preço da gasolina e 224 vezes o preço do diesel, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O número estratosférico de reajustes, para baixo e para cima, reflete a política de preços adotada pela Petrobras sob a gestão golpista, que oscila com o mercado. A consequência é que os preços dos combustíveis cresceram acima da inflação, contribuindo para pressionar ainda mais o já comprometido orçamento das famílias brasileiras.
De julho de 2016 a julho de 2018, a inflação acumulada (IPCA) é de 7,6%. Nesse mesmo período, o valor médio do litro da gasolina na bomba passou de R$ 3,770 para R$ 4,492: um aumento de 20% – quase 3 vezes mais do que a inflação para o período, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Já o botijão de gás sofreu o aumento mais escandaloso de preço, pela proporção e por prejudicar proporcionalmente mais a população pobre. Em julho de 2016, o preço médio do botijão era R$ 59,430. Já em julho de 2018, chegou a R$ 68,575 – um aumento de 29,8% – quase quatro vezes mais do que a inflação acumulada no período.