Fátima: população não vacilou de maneira nenhuma porque, nesse momento, sabe que o que está em jogo é a democraciaAs manifestações contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, na quarta-feira (16), emocionaram a senadora Fátima Bezerra (PT-RN). Em discurso ao plenário, a parlamentar afirmou que o povo foi às ruas ontem para defender a democracia brasileira.
“A população não vacilou de maneira nenhuma porque, nesse momento, sabe que o que está em jogo é a democracia. Nesse momento, sabe que o que está em jogo é preservarmos o legado e as conquistas sociais que nós tivemos nesses últimos 12 anos”, afirmou a senadora nesta quinta-feira (17).
De acordo com o Datafolha, as manifestações de quarta, em São Paulo, superaram as promovidas por grupos pró-golpe no domingo (13): 55 mil contra 40,3 mil. A grande mobilização também ocorreu em diversas outras cidades do País, especialmente no Nordeste: 8 mil pessoas em Natal (RN) e 10 mil em Salvador (BA).
“Que orgulho danado deu-me do Nordeste, lá do meuestado, o Rio Grande do Norte que, a exemplo das demais capitais do Nordeste, fez bonito. O povo foi às ruas. Crianças, jovens, mulheres, homens foram às ruas vestidos sobretudo de vermelho, a cor da resistência, a cor daqueles que têm amor, que têm compromisso pela democracia”, disse.
De acordo com a parlamentar, mesmo que a população discorde da atuação do governo, os brasileiros entendem que é preciso resolver as divergências nas urnas. “O povo brasileiro, portanto, está sabendo separar o joio do trigo”.
Mulheres contra o impeachment
Fátima lembrou ainda da manifestação, nesta quarta, das deputadas e senadoras, além de representantes de movimentos sociais, contra o impeachment da presidenta Dilma.
“Ao mesmo tempo em que as mulheres afirmavam, com muita clareza, que era preciso defender o voto de mais de 54 milhões de brasileiros e brasileiras que elegeram e reelegeram a primeira mulher presidenta deste País, diziam também que é necessário, é imperativo que o senhor Eduardo Cunha deixe a presidência da Casa”, lembrou a senadora.
Ela disse ainda estar confiante de que o Legislativo brasileiro, em especial o Senado, em sintonia com a população, barrará esse processo de impeachment sem embasamento legal. A parlamentar acredita, no entanto, que o processo vai “morrer” já na Câmara dos Deputados.
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