A terceirização irrestrita no setor financeiro coloca em risco o sigilo bancário, além de gerar perigo para a economia brasileira, pois permite que decisões necessárias sobre aplicações, concessões de crédito e outras atividades fiquem fora do controle de trabalhadores que possuem habilidades para desempenhá-las, segundo a presidenta do Sindicado dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, em entrevista ao Viomundo.
No setor bancário, assim como em outros setores, a terceirização irrestrita acaba com direitos dos trabalhadores, como férias, décimo terceiro salário, auxílios, entre outros. Além disso, o trabalhador terceirizado recebe cerca de 27,4% da renda anual de um trabalhador bancário, em um ano.
Para Ivone, a terceirização irrestrita trará consequências muito graves para o Brasil, pois prejudica a economia, ao enfraquecer o consumo das famílias, afeta a classe trabalhadora, maleficia o Estado que perde arrecadação com os impostos sobre a folha salarial reduzidos, e só beneficia os empresários.
No dia 30 de agosto, o Supremo Tribunal Federal aprovou a terceirização irrestrita, que permite terceirizar a contratação de trabalhadores e trabalhadoras para todas as atividades da empresa, inclusive as principais, e precariza ainda mais a vida deles.