Ministra Tereza Campello participou de bate-papo com a presença da diretora do longa-metragem, Ana Muylaert, durante Fórum Social TemáticoO filme “Que Horas ela Volta” retrata a difícil relação entre uma empregada doméstica, que mora no quartinho dos fundos da casa dos patrões e sua filha Jéssica, que cresceu em Pernambuco e se tornou uma jovem com ambições e sonhos, como o de se tornar arquiteta. Durante o Fórum Social Temático, em Porto Alegre (RS), o filme foi o mote par auma discussão sobre mudanças sociais, econômicas e culturais da população mais pobre. Ente os presentes, a diretora Ana Muylaert e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Também entre os presentes, a presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral e a coordenadora do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, Xica da Silva. Durante as discussões, a ministra deixou claro que a situação da personagem Jéssica não é mais uma exceção no Brasil de hoje. E lembrou os inúmeros casos que mostram um Brasil diferente, de oportunidades. Tereza Campello também concedeu entrevista ao site Sul21, onde destacou a importância dessas mudanças: “Em pouco mais de uma década, conseguimos fazer o que o mundo se propõe a fazer em duas gerações”, destacou. lembrando ainda que “parte do que o Brasil conseguiu construir nos últimos 13 anos, nos governos Lula e Dilma, mostra que é possível sim alterar uma situação, inclusive em pouco tempo, se houver decisão política.” O filme conta a história de duas mulheres que, em momentos distintos, trocaram o Nordeste por São Paulo. A mãe, Val, só buscava a sobrevivência. A filha, Jessica, foi prestar vestibular para a USP – exatamente como o filho dos patrões de sua mãe, que estranham a “ousadia” da menina. “Histórias como a de Jessica não são mais casos isolados”, enfatizou a ministra. lembrando a história do estudante piauiense, que vive a mais de quinhentos quilômetros de Teresina e passou em Medicina. Mesma história de uma menina cotista, primeira classificada no vestibular também para Medicina, no Ceará. “Não estamos mais recolhendo casos de jovens que passaram no vestibular, mas sim que passaram em primeiro lugar”, disse. Na avaliação da ministra, “o filme pegou um momento de ruptura e da dificuldade de um novo nascer convivendo com o velho”. Para a presidenta da UNE, Carina Vitral, os maiores responsáveis pelas mudanças que ocorrem hoje no País são os jovens. Na avaliação dela, é muito perceptível os dois “Brasis” do filme, um da personagem Val, de desigualdade, e o da personagem Jéssica, um novo Brasil, da mulher nordestina de cabeça erguida. Já a diretora do filme, Anna Muylaert, afirmou que as mudanças no Brasil não têm mais volta e que não são apenas financeiras, mas de consciência. “A educação é uma porta possível de transformação”, disse. Leia a íntegra da entrevista da ministra Tereza Campello ao Sul21: http://www.sul21.com.br/jornal/a-nossa-aposta-tem-que-comecar-la-atras-com-as-criancas-de-zero-a-seis-anos/ Com informações do Ministério do Desenvolvimento Social e do Sul21 Foto: Ubirajara Machado/MDS