Compromisso do governo Dilma em preservar políticas sociais chega ao principal jornal dos EUAA oposição critica, os jornais brasileiros ignoram, a elite detesta, mas a mídia internacional reconhece: a prioridade dada pelos governos petistas às questões sociais é exemplo para o mundo. Desta vez, os avanços obtidos pelo Brasil foram destaque no encontro entre líderes, gestores e ministros de mais de 150 países organizado pela ONU, a Organização das Nações Unidas, em Nova York. Ministros e técnicos discutem nesta semana como cada país pode melhorar seu desempenho no cumprimento dos Objetivos do Milênio (ODM) – a lista de compromissos que 189 nações associadas à ONU assinaram em setembro de 2000 para combater a extrema pobreza e outros graves problemas sociais. Em setembro de 2010, os compromissos dos países perante o ODM foi renovado.
O destaque do Brasil, desta vez, não se deveu apenas à originalidade e alta eficiência do Bolsa Família, o programa de auxílio sob condicionalidades estruturado no primeiro do mandato do ex-presidente Lula e posteriormente desenvolvido ampliado por seu governo e pelo governo da presidenta Dilma. O Brasil brilhou no encontro porque se destacou em sete dos oito objetivos estabelecidos.
As conquistas brasileiras novamente chamaram a atenção dos grandes jornais do mundo, numa clara diferença à omissão dos jornais do oligopólio de mídia que controla a produção e difusão de notícias no Brasil. Desta vez, coube ao principal jornal dos Estados Unidos, o The New York Times, trazer reportagem sobre como o Brasil enfrenta as atuais dificuldades fiscais sem deixar que a crise alcance os programas sociais.
Na reportagem, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, reafirmou o compromisso do governo Dilma em manter todos os recursos definidos no Orçamento da União, passando ao largo do ajuste fiscal, apesar dos ataques da posição no Congresso que exigem também cortes das políticas sociais do governo petista.
“A presidenta Dilma renovou seu compromisso de que que não teremos cortes no Bolsa Família”, disse a ministra para o jornal.
Tereza Campello disse ainda ao The New YorkTimes que, desde a sua criação, em 2003, o Bolsa Família contribuiu para uma redução de 82% da população subnutrida do País e que todos os dados indicam que os recursos repassados são gastos com comida, material escolar ou para algum item essencial para as crianças.
O texto cutuca a oposição, cravando que mesmo quem é adversário do governo reconhece que o programa de transferência de renda é “uma forma relativamente acessível para combater a pobreza extrema”. A ministra afirma que as críticas que o programa recebe, como a perpetuação do desemprego e o incentivo a novas gestações para ampliar o valor do benefício, são mitos.
Objetivos do Milênio
A ministra também participou, na última sexta-feira (18), na ONU, do Seminário Pobreza Urbana e Desenvolvimento no Brasil: a periferia no centro da agenda pós-2015, com a participação de representantes do governo federal e da Central Única das Favelas (Cufa), pesquisadores e organismos multilaterais na sede da ONU. Ela defendeu a importância do trabalho conjunto entre a sociedade civil, os governos e os organismos multilaterais, para o avanço na construção de um país sustentável.
A integração das agendas social, ambiental e econômica foi outro ponto ressaltado pela ministra. “Questões como acesso à saúde, educação, saneamento básico e oportunidades têm que estar articuladas para que não se discuta a pobreza apenas do ponto de vista da renda, mas do ponto de vista multidimensional”.
Segundo ela, a superação das propostas faz com que o Brasil seja o principal exemplo de ação bem-sucedida dos ODMs. “O Brasil fez uma opção de usar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio como farol para que a gente pudesse perseguir melhor não só a melhora dos nossos indicadores, mas das condições de vida da população”, disse,
Entre os avanços, Campello ressaltou a redução significativa da fome. De acordo com a ministra, atualmente, 1,7% da população brasileira enfrenta esse problema. Em 2003, o percentual era de 10%. “Em menos de dez anos, nós tivemos uma trajetória muito importante. O Brasil passou a ter acesso a esses alimentos, principalmente por ter acesso a renda. Aumento do salário mínimo, programas como Bolsa Família, por exemplo, que garantiram renda para essa população em situação de pobreza”.
A ministra comentou também a redução da mortalidade infantil no Brasil, que foi “bem acima” da média mundial. Dados do Unicef e da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, enquanto o mundo reduziu o índice em 53%, no Brasil a redução foi de 73%.
A ministra acredita que, com a criação do programa Mais Médicos, os próximos relatórios vão trazer resultados ainda mais positivos. “O programa garantiu que exatamente onde a população mais pobre está, a gente pudesse ter um médico. E hoje não tem mais nenhum município no Brasil sem médico, e essa é uma grande vitória e nossos indicadores vão ficar melhores ainda”, avaliou.
Confira a íntegra da reportagem (original, em inglês), no The New York Times
Com informações do Portal Brasil, do MDS e do The New York Times
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