Rui Falcão: para retomar os investimentos necessários para o País, não dá para manter o atual sistema tributárioO presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, defendeu uma mudança no modelo tributário brasileiro, em entrevista na tarde de quinta-feira (11), em Salvador, onde acontece o 5º Congresso Nacional do partido. Por mais que a ideia de promover alterações no sistema seja antiga, a composição do Congresso Nacional não favorece a discussão de temas como esse. “A composição da carga tributária é injusta. É preciso combater o senso comum. Precisamos mostrar que o que estamos propondo é para aliviar a carga tributária. Queremos mudar a qualidade do imposto, quem tem mais, paga mais, quem tem menos, paga menos e quem nada tem não paga nada”, disse.
Ao falar com os jornalistas da grande mídia, Rui Falcão defendeu, também, a necessidade de reativar a CPMF, porque era um imposto limpo, não cumulativo e transparente. “Nós achamos que para retomar os investimentos necessários para o País, não dá para manter o atual sistema tributário”, afirmou.
Correntes
Aos jornalistas que fazem um frisson por causa das diversas correntes dentro do partido, Falcão disse que elas existem e fazem delas uma das características marcantes da legenda. “Nós temos vários PTs no sentido da nossa pluralidade. Essa é uma característica marcante do PT, como conseguimos conviver com tantas ideias diferenciadas”, observou.
Rui Falcão fez um balanço do primeiro dia do encontro, registrando a participação de 525 delegados. A atividade que marcou o dia foi o debate das teses inscritas e a “Carta de Salvador” foi a tese vitoriosa. “O congresso está muito quente, do ponto de vista do debate de ideias e muita polêmica, positivas. O texto aprovado reúne uma análise mais detalhada da situação política do mundo e do Brasil e inclui 14 propostas de resolução que vão ser examinadas”, explicou.
O presidente do partido criticou, ainda, a tentativa de “criminalização” da legenda e reafirmou que aqueles petistas envolvidos em atos ilícitos serão expulsos da legenda. “É estranho que haja um processo seletivo de acusações. Não vejo cobertura forte da quase prescrição do Mensalão Tucano, da Operação Zelotes, do Trensalão. O que há contra o PT é uma acusação infundada, sem provas”, salientou.
Com informações da Agência de Notícias do PT