Maldade com pobres

Tirar R$ 10,00 do salário mínimo é covardia

Nos governos Lula e Dilma, o salário mínimo teve uma valorização de 77%, aumentando a participação no PIB de 30.6% para 34.6% -0 entre 2004 e 2016
Tirar R$ 10,00 do salário mínimo é covardia

Imagem: Portal CTB

O governo divulgou a previsão de R$ 969,00 para o salário mínimo do ano que vem. Com isso, os burocratas da área econômica ameaçam reduzir em R$ 10,00 a atual projeção de reajuste. De acordo com o governo, a redução é um “ajuste”, resultado da previsão de uma inflação menor para o ano que vem – de 4,5% para 4,2%. A queda da inflação, no entanto, é consequência do desemprego, da queda do poder aquisitivo da população e das vendas. A mesquinharia oficial foi duramente criticada no plenário do Senado Federal. Atualmente, o salário mínimo é de R$ 937,00.

“A redução do salário mínimo é uma covardia contra o trabalhador, depois da aprovação daquela maldita reforma trabalhista”, denunciou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da Bancada do PT no Senado. “Disseram que iam melhorar a vida do povo. E agora vão cortar do salário mínimo? Vocês estão com a cabeça onde, gente?”, cobrou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do PT Nacional. Para o senador Jorge Viana (PT-AC), “reduzir o valor do salário mínimo é o limite do limite”. “Mas o Governo tem feito assim: está tirando dos que têm pouco para dar para aqueles que têm de sobra”, completa ele.

Ao contrário dos governos Lula e Dilma, “o governo atual busca descarregar sua incompetência nas costas dos trabalhadores”, destacou o senador Humberto Costa, líder da Oposição. Nos governos Lula e Dilma, o salário mínimo teve uma valorização de 77%, aumentando a participação no PIB de 30.6% para 34.6% -0 entre 2004 e 2016. O senador Humberto Costa também questionou e legalidade e a inconstitucionalidade da medida anunciada. A valorização do salário mínimo estimulou a economia nacional, derrubando o desemprego de 12,6% em 2003 para 4,8% em 2014.

Leia mais sobre o salário mínimo nos governos Lula e Dilma.

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