O setor de serviços, que tem dado expressiva contribuição para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), Tombini disse que a expectativa é a de um desempenho menos acentuado do que se notou em anos recentes, em parte por causa do processo de inclusão social. Segundo ele, a melhora da qualificação da mão de obra também conta para um mercado de trabalho que tem taxa de desemprego historicamente em níveis baixos. “Nesse contexto é preciso estimular fontes complementares de crescimento; é preciso focar em ganhos de produtividade. A melhoria da infraestrutura e a adoção de políticas públicas voltadas para aumentar o acesso e a qualidade da educação são fundamentais para avançarmos”, enfatizou.
CRÉDITO
Tombini disse que o mercado de crédito continua crescendo de maneira compatível com o ritmo da atividade econômica, sustentado por um sistema financeiro sólido, capitalizado e com baixíssimos índices de inadimplência.
Sobre os investimentos estrangeiros diretos (IED), o montante de ingresso no país continua em ritmo forte, acima dos US$ 60 bilhões por ano. Os recursos seguem para diversos setores e são suficientes para cobrir o déficit em transações correntes.
Em relação à inflação, Tombini garantiu que o Banco Central é implacável no controle e na estabilidade do poder de compra do real. Ele disse que apesar de alguns “ventos” contrários, advindos de uma conjuntura internacional complexa e de um ambiente doméstico de choques de preços, o horizonte de convergência que o BC trabalha é trazer a inflação para 4,5% até 2016. “O BC entende que antes de retomar a trajetória de convergência para a meta, a inflação acumulada em doze meses tende a permanecer elevada. O cenário mais provável com que o Banco Central trabalha indica o pico desse processo no primeiro trimestre de 2015”, afirmou.