O Dia de Luta Pela Soberania Nacional e contra as privatizações, organizado por sindicatos, associações e movimentos populares, que acontece nesta terça-feira (3), está sendo marcado por manifestações em todo o Brasil. A mobilização tem o objetivo de conscientizar a sociedade brasileira sobre os riscos do processo de privatização que atinge vários setores. No Rio de Janeiro, em evento com participação de Lula e do senador e líder da bancada Lindbergh Farias, protesta contra a privatização da Eletrobras e da Petrobras.
Senadora e presidenta do PT defende soberania nacional e popular
Eletronorte
Os trabalhadores da Eletronorte e de todas as empresas do Grupo Eletrobras, também estão paralisados nesta terça, em defesa das empresas estatais do setor elétrico e contra a privatização. “Infelizmente, a Eletrobras e suas subsidiárias seguem na lista das empresas que o governo pretende vender. É uma empresa que cumpre um papel social muito importante, pois leva energia para as comunidades mais distantes”.
A Eletrobras segue na lista das empresas que o governo pretende vender com a justificativa de cobrir o rombo fiscal de mais de 160 bilhões de reais. Para todo o parque de geração, transmissão e distribuição de energia da Eletrobras e suas subsidiárias, o governo federal pretende arrecadar cerca de 20 bilhões. Nenhum país do mundo abdica da administração estatal do setor de energia, como pretendem os entreguistas no Brasil. Nos Estados Unidos, boa parte do setor é controlado pelo Exército.
A Eletronorte é responsável por uma série de programas sociais que garantem para a população de menor renda acesso à energia, ao mercado de trabalho e à saúde, alerta José Dalegan, da diretoria colegiada do Sindicato dos Urbanitários (Eletronorte). Para ele, isso é ainda mais inaceitável diante do fato de que dívidas bilionárias de bancos, do agronegócio e empresariado em geral estão sendo perdoadas”. “Só o banco Itaú deixará de pagar R$ 25 bilhões à Receita Federal”, completa.
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Correios
Em Brasília, os trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT) completam hoje 14 dias de paralisação. Os trabalhadores dos Correios do DF, que tiveram descontados dos salários os dias paralisados, estão reunidos em assembleia desde as 8 horas da manhã. A categoria vai em passeata até o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, para depois realizar manifestação em frente do Congresso Nacional, onde se unem a trabalhadores de outros setores.
Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do DF, Amanda Gomes Corcino, descontar do salário os dias de greve, é ilegal. “A própria lei de greve fala que os dias não trabalhados devem ser alvo de negociação. A ECT teria que esperar acabar a greve, ou por acordo ou por dissídio coletivo, mas optou pela prática anti-sindical, para amedrontar os trabalhadores. Temos que continuar com a mobilização, pois se voltarmos agora, será sem nenhuma garantia e daremos um cheque em branco para que a empresa faça a alteração que quiser”, disse ela.
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