Trabalhadores e movimentos sociais promovem dia nacional de paralisações

Trabalhadores e movimentos sociais promovem dia nacional de paralisações

Passeatas, greves e marchas: é o esquenta para greve geralCentrais sindicais e entidades ligadas às frentes Brasil Popular e Povo sem Medo promovem nesta quinta-feira (22) um dia nacional de paralisações e manifestações “por nenhum direito a menos”. O dia é considerado um “esquenta” na direção da preparação de uma greve geral – caso venha a ser necessária – contra ameaças de retrocesso sociais e ataques aos trabalhadores que estão sendo preparadas pelo governo Michel Temer.   Movimentos de ao menos 13 estados cruzaram os braços e organizaram atos públicos convocados pela CUT, demais centrais e organizações que compõem as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo neste Dia Nacional de Paralisação e Mobilização Rumo à Greve Geral e por Nenhum Direito a menos.   O principal alvo é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gastos públicos em áreas essenciais como saúde e educação, e projetos de flexibilização da legislação trabalhista, reforma da Previdência e liberação de terceirizações em todas as atividades.   Categorias em campanhas salariais incorporarão essas bandeiras. Em todo o país, sindicatos de bancários planejam nesta quinta-feira (22) intensificar a greve nacional iniciada em 6 de setembro. Trabalhadores da Petrobras fazem assembleias para deflagrar a Operação Para Pedro – alusiva às medidas do presidente da companhia, Pedro Parente, que segundo a Federação Única dos Petroleiros põem em risco a grandeza e o futuro da estatal. Em vários estados, professores se reúnem em defesa da educação pública e pela valorização dos profissionais do setor. Profissionais da saúde e movimentos populares promovem atividades em defesa do Sistema Único do Saúde (SUS).   Em São Paulo  o movimento começou a partir das 15 horas no vão livre do Masp. Sindicatos de médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, dentistas e de pessoal administrativo promovem atos na região do Hospital das Clínicas e Emílio Ribas, o chamado Quadrilátero da Saúde na capital paulistana.     Brasília Em Brasília, diversas categorias participam de assembleias desde as sete horas da manhã. Os professores, diante do Palácio do Buriti, sede do governo local. Às 14h começou um protesto unificado em defesa da classe trabalhadora na Câmara Legislativa.   Uma concentração ampliada das frentes populares está marcada para começar às 16h, na Catedral, com caminhada até o Congresso Nacional.   No Rio de Janeiro, uma passeata deve sair por voltas das 17h da Candelária em direção à Assembleia Legislativa, na Praça XV, pela Avenida Rio Branco.   Na Paraíba, a movimentação começou já nas primeiras horas da manhã. Motoristas e cobradores promoveram piquetes e impediram a cruzaram os braços, impedindo a circulação de ônibus e trens da CBTU, em João Pessoa.   Também por lá, comerciários organizados pelo Sinecom-JP e Contracs aderiram à paralisação. Da mesma forma que os trabalhadores da Sindipetro-PE/PB, que realizaram assembleias nas bases.   No Paraná, como em todo o sistema Petrobrás, tudo parado, incluindo a Repar (Refinaria Presidente Vargas), em Araucária. Em Curitiba, trabalhadores dos Correios organizaram um ato em defesa da empresa.   No Rio Grande do Sul, uma grande marcha tomou as ruas de Porto Alegre. A truculência policial, porém, foi forte na Carris, a empresa municipal de transporte coletivo de Porto Alegre, algo que não diminuiu a mobilização.   Em Goiás, a concentração foi na Alego (Assembleia Legislativa de Goiás). Os servidores estaduais da saúde pública estão no terceiro dia de Greve. Cerca de 2000 trabalhadores denunciaram o desmonte da rede de seguridade social promovido pelo governo golpista e parte do Congresso.   No Espírito Santo, os metalúrgicos trancaram a BR logo às quatro da manhã para denunciar o golpe, enquanto em Minas Gerais, professores estaduais, metroviários e bancários realizaram uma assembleia na Praça da Estação. Eletricitários, metalúrgicos e trabalhadores dos Correios em BH partiram da porta da Cemig em caminhada até a praça Sete. Alunos realizaram uma assembleia e paralisaram a UFMG. Professores municipais fizeram assembleia na praça Afonso Arinos. Em Contagem, os metalúrgicos trancaram a rodovia local às 4h.   A capital do Pará, Belém, teve uma passeata que saiu de São Brás e seguiu pela Avenida Nazaré rumo à Praça da República. Também houve um ato em frente à TV Liberal, afiliada à Globo, para denunciar a participação da mídia no golpe.   Na capital do Amapá, Macapá, centrais sindicais e movimentos sociais realizaram um ato público na região central.   Em Florianópolis, capital de Santa Catarina, os trabalhadores do setor de transporte paralisaram por duas horas as atividades. No Rio Grande do Norte, estudantes fecharam a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e trancaram os acessos à rodovia local.   Em Pernambuco, trabalhadores fecharam a Avenida Sul e Imperial, no Recife. Em frente a Fiespe, houve um ato contra os retrocessos que podem atingir a classe trabalhadora.   No Piauí, a paralisação ocorreu na Praça da Bandeira. Em Fortaleza, capital do Ceará, desde oito horas manifestantes de diversos sindicatos e centrais sindicais realizam ato em uma das principais avenidas do centro, a Duque de Caxias. Em frente ao Banco do Brasil, o movimento fez um ato para fortalecer a greve dos bancários.   Também no estado, jornalistas cearenses participam do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização contra as medidas do governo federal que atacam a classe trabalhadora, como a flexibilização da CLT, a reforma da previdência e os projetos de lei em discussão no Congresso que congelam o gasto público e provocam retração de direitos.  

Os dirigentes do Sindjorce denunciaram no ato o arrocho salarial que os jornais do estado querem impor aos profissionais de imprensa.

 

 

Com informações da CUT e da Rede Brasil Atual

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