Transposição avança e desmente pessimistas, avalia Humberto

87% do Eixo Leste e 62% do Eixo Norte já
estão concluídos

Com 87% do Eixo Leste e 62% do Eixo Norte concluídos, a Transposição do rio São Francisco desmente as previsões pessimistas e se afirma como uma obra fundamental para o futuro do Nordeste, avalia o senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado e relator da Comissão Especial que acompanha o desenvolvimento das obras.

Na manhã desta quarta-feira (12), Humberto participou da audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional com o ministro da Integração, Francisco Teixeira, que apresentou um balanço das obras de transposição. O ministério prevê a entrega de 100 quilômetros de canais em cada eixo em dezembro de 2014. A expectativa é de que todas as obras, que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sejam concluídas até dezembro de 2015.

O senador, que tem visitado regularmente as obras, avalia que  a Transposição enfrenta um problema de credibilidade. “Muitas vezes, vamos à região, ver a construção dos canais e das estações, vemos que a obra está andando e, em seguida, aparece aquela matéria gigantesca na televisão, nos jornais, dizendo que é uma obra inacabada, que a obra está parada”, comentou Humberto. “Obviamente à medida que ela vai andando, esse problema vai sendo superado”.

Humberto manifestou a expectativa de que as duas primeiras metas da Transposição – o Eixo Norte e o Eixo Leste – possam ter seu cronograma antecipado. A previsão é que ao final de 2014, 100 quilômetros do Eixo Leste e 100 quilômetros do Eixo Norte já tenham água circulando e atendendo vários Municípios.

Concentrar as ações
O senador José Pimentel (PT-CE), que também participou da audiência, expressou o mesmo otimismo e defendeu que o Ministério da Integração concentre as ações nas etapas mais avançadas do projeto, para assegurar que a água comece a chegar mais cedo aos municípios do Semiárido. A conclusão das primeiras etapas de interligação de bacias do Rio São Francisco beneficiará, de imediato, os estados do Ceará e de Pernambuco.

Pimentel sugeriu ao ministro que seja definido um cronograma mais curto nas primeiras etapas da obra, nos eixos Norte e Leste. “Isso permitiria concluir essa fase com maior rapidez, beneficiando a segunda maior região metropolitana do Ceará – a região do Cariri, com o atendimento de cerca de um milhão de pessoas”, destacou. O estado de Pernambuco, segundo o senador, também seria atendido pelo avanço mais rápido da obra tanto na primeira etapa do canal Norte, quanto do canal Leste. “Dessa forma, nós já resolveríamos um dos estados que tem precariedade no abastecimento de água no seu Semiárido”, disse.

A Transposição do Rio São Francisco, conjunto de 477 quilômetros de canais, aquedutos e barragens que permitirão a chegada das águas desse importante rio a diversas regiões distantes de seu leito, é considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do país e vai garantir água para 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. O custo total do projeto é de R$ 8 bilhões para a implantação dos eixos Norte (de Cabrobó-PE a Cajazeiras-PB) e Leste (de Floresta-PE a Monteiro-PB). Além disso, o projeto inclui a recuperação de 23 açudes, construção de 27 reservatórios, de nove estações de bombeamento, 14 aquedutos e quatro túneis exclusivos para a passagem de água. Todas essas obras empregam mais de 9.200 trabalhadores. O projeto de transposição também contempla 38 ações socioambientais, como o resgate de bens arqueológicos e o monitoramento da fauna e da flora regionais.

Cyntia Campos

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