O Tribunal Regional do Federal da 4ª Região (TRF-4) vai julgar, nesta quarta-feira (27), a vergonhosa sentença da juíza Gabriela Hardt, então responsável pela 13ª Vara Federal de Curitiba, no caso do sítio de Atibaia. A decisão da magistrada coleciona erros e é repleta de cópias do texto da sentença do ex-juiz Sérgio Moro, o que mostra que Hardt também nunca julgou o processo com imparcialidade e usou uma decisão pré-estabelecida.
Como se não bastasse todo esse ‘copia e cola’ da juíza, o Ministério Público Federal (MPF) protagonizou uma verdadeira trapalhada após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que réus delatados tem o direito de fazer suas alegações finais após o delatores. Com base na decisão do STF, Maurício Gerum, que atua na Lava Jato em segunda instância, requereu ao TRF-4, no dia 23 de outubro, a anulação da sentença de Hardt e pediu que processo voltasse à fase de alegações finais.
Já na terça-feira (11), o mesmo procurador recuou e enviou nova manifestação ao tribunal defendendo que a sentença do processo não seja anulada. Gerum alegou que o réu precisa provar ter sido prejudicado pela ordem das alegações finais. A mudança de tese do procurador denota confusão e ainda mostra um péssimo indicativo, já que os advogados de defesa de Lula de fato fizeram o pedido para fazer a última manifestação, que foi negado por Hardt, na ocasião.
De todo modo, os defensores do ex-presidente lembraram ainda que o STF não reconheceu formalmente a necessidade de existência de prejuízo ao estabelecer a ordem de alegações finais.