Bolsonaro continua firme na ideia de tentar esconder um dos mais reconhecidos programas de transferência de renda do mundo: o Bolsa Família. Para isso, o atual governo quer fabricar novos cartões para fazer propaganda e tentar ganhar votos. Segundo apurou a Folha de S. Paulo, a Caixa Econômica estimou que cada cartão deve custar R$ 18. Como hoje são pagos cerca de 18 milhões de benefícios, o gasto seria de R$ 324 milhões, conforme apontaram deputados do PT e de outros partidos da oposição ao Tribunal de Contas da União (TCU), em pedido de suspensão da troca de cartões (leia aqui o documento).
Com esse dinheiro, durante 12 meses, o valor de R$ 400 mensais poderiam ajudar 67.500 famílias. Mas, Bolsonaro prefere trocar o nome do programa que aparece no cartão do que matar a fome de 270 mil brasileiros, se considerarmos que cada família tem em média 4 pessoas.
O mais cruel desta história é que milhares de famílias estão à espera do benefício, mas ouvem do governo que não há dinheiro para incluí-las no programa. Segundo reportagem publicada pelo UOL no fim do mês passado, 3,2 milhões de famílias em situação de pobreza ou de extrema pobreza estão no Cadastro Único, mas continuam fora do Auxílio Brasil. E o próprio governo já reconheceu o cadastro de 764 mil dessas famílias, informa a Folha.