“Tudo passa por uma reforma política”, sobre as demandas das ruas

“Tudo passa por uma reforma política”, sobre as demandas das ruas

“Nós vimos o que os cartazes
cobravam nas ruas: mais
ética, mais democracia,
mais oportunidade de ser
ouvido, Sobretudo, isso:
oportunidade de ser ouvido”

A melhor resposta que se pode dar às reivindicações das recentes manifestações populares é “democratizar a representatividade política”, afirmou nesta quarta-feira (17) a presidenta Dilma Rousseff. “Ninguém [entre os manifestantes] pediu a volta ao passado. Nós vimos o que os cartazes cobravam nas ruas: mais ética, mais democracia, mais oportunidade de ser ouvido, Sobretudo, isso: oportunidade de ser ouvido”, destacou a presidenta, para quem “tudo isso passa por uma reforma política”.

A presidenta falou sobre as manifestações durante o encerramento do seminário sobre os 10 anos do Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico, o chamado Conselhão, do qual participam sua equipe ministerial, além de empresários e representantes de setores do comércio e da indústria.

Dilma defendeu que a reforma política seja baseada numa consulta popular. “Nós apresentamos a proposta do plebiscito”, lembrou. Ela atribuiu a mobilização ao maior grau de exigência desenvolvido pelos brasileiros exatamente em decorrência dos avanços já conquistados. “Quando promovemos a ascensão social e estamos em vias de superar a pobreza extrema, sabíamos que isso era um começo para maiores exigências”.

Para a presidenta, o que os brasileiros reivindicaram nas ruas foi “o avanço para o futuro, com mais democracia e mais direitos” e lembrou que nesta década, o País registrou a maior redução de desigualdade em 50 anos. “Nesta década, criamos quase 20 milhões de empregos com carteira assinada, num mundo que desemprega crescentemente. Agora somos cobrados a fazer mais e temos o dever de fazer mais”.

Transporte público
Durante a cerimônia, Dilma Rousseff afirmou que irá convocar, junto com prefeitos e profissionais ligados ao setor de transportes, uma reunião para analisar a planilha do setor de transporte urbano, como mais uma resposta às manifestações de junho passado, desencadeadas pelos protestos contra o aumento das tarifas.

“Agora, nós estamos convocando uma reunião ampla, com os prefeitos, os governadores, os movimentos sociais, a Frente Nacional de Prefeitos, o Fórum Nacional de Secretários de Transporte, setores da academia, prestadores de serviço de transporte, trabalhadores do setor, enfim, uma ampla reunião e, na pauta desta reunião, está a planilha de cálculo das tarifas”, disse Dilma.

A abertura da planilha de transportes é uma das reivindicações dos movimentos sociais organizados para tornar mais transparente o que é tributo e o que vai para a conta das empresas.

O Palácio do Planalto, em reunião com prefeitos, no fim do mês passado, já havia cobrado dos municípios a divulgação das planilhas. A definição teria ficado por conta da Frente Nacional dos Prefeitos, que decidiria se seria uma ação coordenada, de divulgação centralizada dos gastos, ou se seria iniciativa de cada município. Dilma lembrou as desonerações ao transporte público promovidas pelo Governo Federal no início do ano, que contribuíram para uma redução de 7,3% das tarifas.

Com informações de agências onlines 

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