Foto: Divulgação Fernando Rosa 06 de janeiro de 2017/ 18h05 “Fiquei chocada e muito triste com a barbárie que aconteceu na nossa Penitenciária Agrícola Monte Cristo. Manifesto meu apoio às famílias dos mortos, em seu sofrimento”, declarou a senadora Ângela Portela (PT-RR). “As condições carcerárias constituem um problema nacional, como comprovam outros casos recentes, inclusive no vizinho Amazonas, e decorrem de absoluta desatenção do Governo Federal, em especial com a falta de liberação de recursos do Fundo Penitenciário, mas também por uma série de outras omissões”, disse a senadora. “Estou à disposição para ajudar no que for preciso para enfrentar essa precariedade do sistema penitenciário brasileiro”. A manifestação da senadora petista de Roraima é resposta ao novo assassinato de 33 presos na madrugada desta sexta (6), desta vez na maior penitenciária de Roraima. Negando a realidade dos fatos, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que, a “situação não saiu do controle. É outra situação difícil. Roraima já tinha tido problemas anteriormente. Nas rebeliões em Roraima tivemos 18 mortos em 2016. Isso já vinha sendo monitorado pelas autoridades locais”. O silêncio inicial do governo e a reação posterior, no entanto, e a fragilidade das soluções apresentadas pelo governo demonstram a incapacidade do Ministério da Justiça de responder ao quadro de insegurança vigente nos presídios. De acordo com o informe Drive Premium – Poder 360, do jornalista Fernando Rodrigues, “o ministro da Justiça tem sido responsabilizado reservadamente, no Planalto, pelas críticas ao desempenho do governo”. De acordo com o portal Folha online, “de acordo com o governo de Roraima, as mortes na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, a cerca de 10 km do centro de Boa Vista, são uma reação do PCC (Primeiro Comando da Capital) ao ocorrido em Manaus no início da semana”. Também segundo a Folha online, “nesse novo massacre, em Roraima, os mortos são em sua maioria ligados à Família do Norte”. Segundo o governo do Estado, o presídio tem capacidade para 750 pessoas, mas abrigava 1.475 detentos. A ação aconteceu por volta das 2h30 (4h30 no horário de Brasília) em todas as alas do presídio, quando um grupo de presos deixou as celas e iniciou a chacina, ainda de acordo com a informação da Folha online. Leia mais: Com atraso, Temer classifica massacre de Manaus como “acidente”