Segundo os estudos econômicos e de demanda para o Plano Nacional de Energia (PNE) – que está em debate –, a substituição dos chuveiros elétricos por aquecedores solares vai reduzir o uso de energia elétrica para o aquecimento de água de 88% (2013) para 38% (2050), liberando essa energia para outros fins.
Com maior uso da energia térmica solar, o País deixará de consumir cerca de 8.600 gigawatts/hora (GWh) da rede elétrica em 2050, o que significa evitar a instalação de cerca de 2 GW do Sistema Interligado Nacional (SIN), o que equivale aproximadamente a metade do consumido na cidade do Rio de Janeiro em 2013. Até 2030, a disseminação do aquecimento solar nas residências já permitirá, de acordo com o PNE, que se evite um consumo próximo de 4.465 GWh.
O uso do sol para gerar energia elétrica (ou a geração solar fotovoltaica) nas residências também deverá crescer. A projeção é que com a instalação de placas para captar a luz solar nos domicílios, 13% da carga do segmento residencial será atendida por essa energia. Serão aproximadamente 15 milhões de domicílios com a tecnologia, ou 18% do total potencial.
Um projeto-piloto nesse sentido foi implementado em condomínios do Minha Casa, Minha Vida em Juazeiro, na Bahia, gerando não apenas energia limpa, mas também capacitação da mão de obra e renda aos moradores.
Para os estudos sobre a demanda de energia no cenário até 2050, o PNE aponta que o consumo de energia elétrica pelas residências quase triplicará, passando de 125.000 GWh em 2013, para 345.000 GWh em 2050, o que representa um crescimento anual de 2,8%.
Com informações do Ministério de Minas e Energia