União e governo paulista criarão agência para combater crime organizado

Uma “agência de ação integrada” para combate ao crime organizado é uma das principais medidas da parceria acertada entre o Governo Federal e o Governo de São Paulo para conter a onda de violência no estado. A decisão foi tomada nesta terça-feira (06/11), num encontro entre o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, e o governador paulista, Geraldo Alckmin.

Desde o início do ano, cerca de 90 policiais militares já foram assassinados por integrantes do crime organizado, em ações de “retaliação à ação da polícia, segundo apontam interceptações telefônicas e panfletos apreendidos com integrantes das quadrilhas.

No encontro com Alckmin, Cardozo descartou a possibilidade de envio de tropas federais para São Paulo. Além da criação da agência a parceria entre os governos Federal e paulista prevê a transferência de presos ligados aos ataques contra policiais militares e agentes penitenciários para presídios federais e outras medidas, como o fortalecimento do trabalho de perícia e da fiscalização marítima e terrestre.

A agência para o combate ao crime organizado reunirá a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Secretaria Nacional de Segurança Pública, o Departamento Penitenciário Nacional e a Receita Federal, além das polícias Civil, Militar e Científica do Estado de São Paulo, o Ministério Público Estadual e a Secretaria Estadual da Fazenda. A primeira reunião está marcada para a próxima segunda-feira (12/11).

A presença dos órgãos fazendários (Receita e Secretaria de Fazenda) deve-se à necessidade, enfatizada pelo ministro Cardozo, de asfixiar financeiramente as organizações criminosas, rastreando a movimentação e a lavagem do dinheiro obtido nas atividades ilícitas.

As polícias vão fiscalizar os acessos a São Paulo, incluindo o Porto de Santos (que registra a maior movimentação de carga da América Latina), e os aeroportos, que estão entre mais movimentados do País.

Para enfrentar a chamada “epidemia do crack”, está prevista a instalação de bases comunitárias móveis nas áreas mais afetadas, com videomonitoramento.

Com agências online

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