Em apuração do repórter Leandro Prazeres, publicada nesta quarta-feira (15), o portal de notícias UOL, por meio do serviço UOL Confere, de checagem de fatos, desmentiu mentira odiosa espalhada pela rede de mensagens instantâneas WhatsApp contra a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, morta no dia 3 de fevereiro.
Segundo o boato, ela receberia R$ 68 mil como servidora do Congresso Nacional. Não só ela não era funcionária como Congresso Nacional não tem funcionários dando expediente exclusivamente para a instituição – ele funciona apenas como a junção do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.
A absurda mentira dizia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria solicitado no último dia 13 de fevereiro pensão vitalícia devido à morte da esposa.
A reportagem do portal de notícias constatou que “o boato não tem fundamento”. A informação foi checada pelo UOL com o Congresso Nacional, Senado Federal e Câmara. Em nenhuma das instâncias Marisa constava como servidora.
No boato, constava o suposto pedido do ex-presidente Lula, com uma imagem reproduzindo o logotipo do Congresso Nacional, um protocolo falso e um suposto “Departamento Protocolo” do Congresso, que não existe. A mentira odiosa também diz que o requerimento foi baseado no “artigo nº 84” do regime do Congresso, que também inexiste. No Senado e na Câmara, artigos com esse número não tratam de pensão ou aposentadoria.
“A título de esclarecimento, informamos, ainda, que o Congresso Nacional não se constitui em órgão administrativo, uma vez que representa o conjunto do Senado Federal e da Câmara dos Deputados”, afirmou o Senado em nota enviada ao UOL.
A reportagem do UOL consultou os portais de transparência das duas casas e constatou que Marisa Letícia nunca foi servidora, fato confirmado por Câmara e Senado por meio de nota.
No Facebook, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu aos boatos: “Respeitem dona Marisa e parem de espalhar mentiras”.
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