Uso da energia eólica avança no País

 Usina Dunas de Paracuru, no Ceará, foi uma
das que entraram em operação no passado
Crédito: Ministério do Planejamento

A redução dos preços da energia elétrica no Brasil tem uma base sólida e sustentável. De um lado, houve redução dos preços na geração da energia, por conta da negociação com as empresas concessionárias de transmissão e usinas, que concordaram em abrir mão de lucros exagerados e, na outra ponta, o avanço nos investimentos em geração de energia alternativa que tiveram um crescimento substancial a partir de 2008, fez com que a energia vinda dos ventos – energia eólica – se tornasse uma alternativa concreta e barata.

Pelos cálculos do Ministério das Minas e Energia (MME), a produção de eletricidade a partir dos ventos, deve crescer 20 vezes até 2017, (tomando como base o ano de 2008), passando de 414 MW para 8.544 MW. Apenas em 2012, a capacidade foi ampliada em 456 MW e a perspectiva para este ano são mais 2 mil MW (energia suficiente para iluminar 4,4 mil lares).

A oferta de energia gerada pelos ventos tornou-se maior a partir de 2009, quando foi feito o primeiro leilão exclusivo para a fonte eólica, com condições financeiras específicas para a tecnologia. Atualmente, o Brasil atrai investimentos por causa da desaceleração das economias norte-americana e europeia, que fez com que as indústrias que fabricam os geradores de energia eólica ficassem ociosas. Até 2007, o Brasil tinha apenas uma indústria de aerogeradores e agora passou a contar com oito fábricas de equipamentos.

Redução na ponta

lobao

Segundo o ministro, investimentos
garatem redução sustentável do
preço da conta de luz

A redução dos custos da energia na ponta (para a indústria, comércio e residências) foi, em média, de 20%. “E não foi uma redução feita por um mês, por dois meses, e sim para o resto da vida. Ela está sendo incorporada ao sistema de produção e de fornecimento de energia elétrica. Para algumas residências, [será] a partir de 18%, chegando a 32% para a indústria brasileira. Quando se desconta 32% da energia da indústria, estamos, com isso, barateando também os produtos que são ali fabricados para o povo e para a exportação”, avaliou o Ministro das Minas e Energia, Edison Lobão.

Segundo o ministro, a redução dos custos de energia forçou a redução, também, dos índices de inflação. “Uma estatística do IBGE recente demonstra que cinco produtos contribuíram para a redução da inflação. O primeiro deles era a conta de luz”, disse.

Em entrevista ao programa Bom Dia Ministro, Lobão citou outros benefícios criados pelo Governo Federal para assegurar o acesso à energia elétrica mais barata. “A Tarifa Social é uma tarifa mais barata cobrada pelo governo para que as pessoas que menos podem não sofram tanto com o preço da energia. Anteriormente, essa tarifa era bancada por um dos tributos cobrados da própria conta de luz. E também cobravam-se recursos para o Luz para Todos. Hoje, isso não mais vai acontecer. O Tesouro vai bancar os programas sociais. A conta de luz de todos os brasileiros está vindo sem essa cobrança”, explicou

Ele lembrou que o programa Luz Para Todos garantiu que 15 milhões de brasileiro tivessem energia elétrica em suas residências.

Com informações do Em Questão 

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