O PT tem muitos motivos para se orgulhar ao completar 43 anos, no próximo dia 10 (embora a festa esteja marcada para os dias 12, 13 e 14). Mas, certamente, um dos maiores feitos do partido foi provar que governar ouvindo as necessidades da classe trabalhadora não prejudica a economia. Pelo contrário, traz benefícios para todo o país.
A política de valorização do salário mínimo, implementada durante o primeiro governo Lula e o governo Dilma, é a maior prova disso. De 2004, quando ocorreu o primeiro reajuste definido por Lula, até 2016, quando houve o último decidido por Dilma, o valor do piso nacional saltou de R$ 260 para R$ 880. Um aumento real, acima da inflação, de 74,33%.
Esse resultado só foi alcançado porque o governo conversou com os trabalhadores, a ponto de, em 2006, ficar definida uma nova regra de reajuste do piso nacional, transformada em lei no governo Dilma: todo ano, além da inflação, seria considerado o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
Era a concretização de algo que o presidente Lula sempre defendera: se o PIB cresce, esse crescimento deve ser distribuído para todos, e não beneficiar apenas os mais ricos.
Mais emprego, menos fome
Ao contrário do que alguns teóricos do apocalipse diziam, a valorização do salário mínimo não causou desemprego nem inflação descontrolada. Na verdade, essa política dinamizou a economia.
Afinal, com mais renda, os trabalhadores podiam consumir mais, o que aumentava a produção nas fábricas e gerava mais empregos. No mesmo período em que o salário mínimo subiu 74% acima da inflação, o Brasil criou mais de 20 milhões de postos de trabalho com carteira assinada.
Além disso, hoje não restam dúvidas de que a valorização do mínimo foi a maior responsável pela superação da fome. Garantir que a renda dos trabalhadores crescesse acima da inflação fez com que nunca faltasse dinheiro para encher o carrinho do mercado.