As manifestações de rua, as moções de vereadores (as) endereçadas a parlamentares da chamada base aliada do governo, argumentos de técnicos e de juízes dos tribunais de diferentes instâncias começam a virar o jogo a favor das classes trabalhadoras, ameaçadas que estão pelas investidas dos golpistas.
Pesquisa recente feita entre parlamentares por um jornalão revelou que 240 se opõem ao desmonte da Previdência, mesmo com recuos do governo usurpador que não mexem com o fundamental do projeto nefasto. Além disso, o líder do governo no Senado, Renan Calheiros, abriu uma dissidência, a qual, independente da motivação e durabilidade, causa confusão nas hostes situacionistas.
Outra derrota dos que tramam contra as leis trabalhistas e os direitos sociais ocorreu na última quinta-feira, durante audiência da comissão de reforma trabalhista na Câmara, que deverá apresentar seu parecer dia 12 próximo.
Em seu depoimento, o diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Peter Poschen, afirmou que a lei deve ter mais valor que acordos assinados entre trabalhadores e empresários. Disse, ainda, que em qualquer negociação deve sempre prevalecer a condição mais favorável aos trabalhadores.
Por fim, alertou sobre a necessidade de o Brasil obedecer as mais de 80 convenções da OIT que o Congresso ratificou e que estão em vigor.
Barrar o ataque aos direitos e reconquistar a democracia exige o crescimento das denúncias, protestos e mobilizações. O PT, que tem combatido o governo usurpador e suas “reformas” antipopulares, apoia a greve geral convocada pelas centrais sindicais e Frentes para o dia 28 de abril. Vamos parar o Brasil para derrotar Temer e seus associados.