Vanessa: fiquei do lado da justiça, fiquei do lado da verdade e fiquei do lado da democraciaPara a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o que está em discussão no julgamento de impeachment de Dilma Rousseff no Senado é avaliar até que ponto “estamos dispostos a instaurar um juízo de exceção para remover a presidenta da República, eleita democraticamente pelo povo brasileiro”. Perder votos entre os eleitores do seu estado, por exemplo, não é algo que a impede de posicionar-se contra o golpe.
“Não tem problema de perder os votos que tive, porque em breve serei reconhecida, porque fiquei do lado da justiça, fiquei do lado da verdade e fiquei do lado da democracia, da minha Amazônia e do meu Brasil”, disse ela nesta terça-feira (30).
Vanessa acredita que o julgamento não é um impeachment, mas uma disputa política daqueles que perderam as últimas quatro eleições e querem, a toda força e com todo peso, aplicar o seu projeto neoliberal e ultraconservador.
“Se autorizarmos que o ódio, a raiva, o despeito, a misoginia e o preconceito vençam agora, como evitar que triunfem mais adiante quando os julgados poderemos ser nós? Como exigir imparcialidade e isenção se não fomos nós mesmos capazes de praticá-las? Como reivindicar justiça se não soubemos assegurá-la?”, questionou.
Vanessa pediu que os colegas deixem de lado a “hipocrisia”. “Não há ninguém neste plenário que acredite que Dilma Rousseff esteja sendo julgada pelos crimes que lhe são atribuídos na peça acusatória encomendada, sob medida, pelo partido derrotado nas últimas eleições”, enfatizou.
Para a senadora, o que está em discussão no Senado é até que ponto estamos dispostos a instaurar um juízo de exceção para remover a presidenta Dilma. “O que está em discussão aqui é até que ponto os fins justificam os meios”.
Carlos Mota
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