As medidas adotadas pelo governo em maio, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), para estimular a indústria automotiva mostraram resultado positivo. De maio a junho, as vendas de veículos passaram de 280 mil para 353 mil, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Segundo o ministro, houve uma forte reação do setor e a previsão para julho é que se tenha vendido 360 mil veículos. “Se isso ocorrer, porque até agora foram vendidos cerca de 340 mil, esse será o melhor julho da série histórica, ou seja, será o maior volume de vendas para este mês.”
Mesmo diante dos bons números, Guido Mantega anunciou, nesta terça-feira (31/07) que o Governo não pretende prorrogar o IPI reduzido para carros após agosto. Após reunião com representantes da GM, o ministro disse que a montadora não descumpriu a contrapartida acertada com o governo de manutenção dos empregos com a isenção de IPUI. Ele explicou que o problema na fábrica de São José dos Campos (SP) é pontual.
As empresas automobilísticas, segundo o ministro, devem investir R$ 22 bilhões até 2015. “Isso só vai ocorrer se o mercado de veículos estiver crescendo, se houver vendas de veículos, se houver exportações, se tivermos condições de competitividade. Para dar essa competitividade, para dar esse impulso ao mercado que tinha se contraído por causa da indústria internacional, tomamos estas medidas.”
Desde que o governo adotou medidas para conter a importação de veículos e fortalecer o mercado nacional, caiu as importações de veículos, segundo Mantega. “Em junho, houve uma queda de importação de 30%. Com isso, o mercado volta a ser ocupado pelas empresas nacionais.”
O diretor de Assuntos Institucionais da GM e vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse que o compromisso com a manutenção dos postos de trabalho no setor está mantido. “A indústria reafirma a sua disposição em cumprir todos os compromissos assumidos com o governo, inclusive a manutenção do emprego.”
Com Agência Brasil