Dados do IBGE apontam quebra numa sequência de oito meses de taxas negativas seguidasO brasileiro voltou a comprar em outubro, depois de oito meses de contenção de gastos. Pesquisa Mensal do Comércio (PME), divulgada nesta quarta-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela uma mudança de rota no comportamento do consumidor brasileiro. O comércio varejista do País fechou o mês de outubro com crescimento de 0,6% no volume de vendas em relação a setembro. O resultado interrompe oito meses consecutivos de taxas negativas – período em que acumulou retração de 6,3% – na série livre de influências sazonais.
O bom desempenho foi puxado por cinco segmentos, entre oito analisados pela pesquisa. Destaque para hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2%), tecidos, vestuário e calçados (1,9%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos (1,5%). Ou seja, os maiores investimentos do brasileiro estão sendo direcionados para a compra de produtos de primeira necessidade.
Vale destacar que os itens artigos farmacêuticos e tecidos, vestuário e calçados acumulavam resultados negativos há meses. Também houve crescimento nas vendas de livros, jornais, revistas e papelaria (0,7%) e móveis e eletrodomésticos (0,6%), que voltam a registrar avanço após sete recuos seguidos.
Nessa mesma comparação, para receita nominal de vendas, o aumento foi de 1,2% frente a setembro. Também, de acordo com o IBGE, o lucro aumentou 3,3% em relação ao mesmo mês em 2014. No ano, a receita nominal avançou 3,5% e, no acumulado de 12 meses, teve ampliação de 4,1%.
De setembro para outubro de 2015, as vendas no varejo cresceram em 21 das 27 unidades da Federação. As maiores altas partiram do Ceará (3,5%) e do Rio Grande do Norte (2,1%).
Com informações da assessoria de imprensa do IBGE
