Vendas no varejo crescem 0,5% em setembro

Vendas no varejo crescem 0,5% em setembro

Vendas têm sétima alta consecutiva (Lojas renner)

O comércio varejista registrou em setembro alta de 0,5% para o volume de vendas e de 0,8% para a receita nominal. Para o volume de vendas, é o sétimo resultado positivo consecutivo, enquanto a receita nominal mantém crescimento desde junho de 2012. Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quarta-feira (13), mostram uma trajetória positiva do setor em todas as comparações.

O volume de vendas cresceu 4,1% sobre setembro do ano anterior, 3,9%, nos primeiros em 2013 e 4,8% nos últimos 12 meses. Já levando-se em conta a receita nominal de vendas, houve alta de 10,6%, 11,7% e de 12,0%, respectivamente. A aceleração no comércio também é observada quando é avaliado o desempenho do setor no terceiro trimestre – cresceu 3,2%.

Atividades

Em setembro, houve crescimento no volume de vendas em sete das dez atividades pesquisadas na comparação com o mês imediatamente anterior com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,4%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,3%).

Na comparação com setembro de 2012, os oito segmentos do varejo apresentaram aumento no volume de vendas. O desempenho de artigos de uso pessoal e doméstico continua alto, 14,8%, seguido da alta de 7,6% na venda de móveis e eletrodomésticos e 11,9% em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos.

A atividade de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, etc., apresentou variação de 14,8% no volume de vendas em setembro com relação a igual mês do ano anterior, sendo o principal responsável pela composição da taxa global do varejo, com 33,0% de participação. O crescimento da massa de rendimentos e as facilidades de crédito explicam este comportamento, segundo explicação do IBGE. No que se refere aos indicadores acumulados, as variações foram de 10,3% no período de janeiro a setembro, e de 11,1% nos últimos 12 meses.

A atividade de móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 7,6% no volume de vendas em relação a setembro do ano passado, exerceu o segundo maior impacto na formação da taxa do comércio varejista, com participação de 22%. Em termos acumulados, o segmento assinala expansão da ordem de 5,5% para os nove primeiros meses do ano, sobre igual período de 2012, e de 6,7% para os últimos 12 meses.

A atividade de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com expansão no volume de vendas de 11,9% sobre setembro de 2012, contribuiu com a terceira maior participação na taxa (19%). Nos acumulados dos primeiros nove meses do ano e dos últimos 12 meses, as variações alcançaram taxas de 9,5% e 9,3%, respectivamente. Os principais fatores que contribuíram para este resultado foram a manutenção do crescimento da massa real de salários, a oferta de crédito e a própria essencialidade dos produtos do gênero.

O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou variação de 0,7% no volume de vendas em setembro com relação a igual mês do ano anterior, o quinto maior impacto na formação da taxa do varejo (8,0%). A atividade continua com desempenho abaixo da média, em função do comportamento dos preços dos alimentos, que cresceram acima do índice geral em 12 meses: 8,7% no grupo alimentação no domicilio, contra 5,9% da inflação global, segundo o IPCA. A atividade cresceu 1,2% para os nove primeiros meses do ano e de 2,8% para os últimos 12 meses.

Clima econômico

O chamado Índice de Clima Econômico (ICE) do Brasil – medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) – voltou a subir em outubro depois de registrar uma queda em julho. Segundo a o índice, calculado com base em análises de especialistas, passou de 3,8 pontos em julho para 4,8 pontos em outubro deste ano.

Segundo a FGV, o subíndice de Expectativas, que analisa a situação econômica do País nos próximos seis meses, apresentou o maior avanço, ao passar de 4,2 para 5,3 pontos no período. E o subíndice da Situação Atual, que avalia o momento presente da economia, também subiu: de 3,3 para 4,2 pontos.

Na avaliação da pesquisa da FGV, a economia brasileira está na fase de “recuperação”. A nota brasileira está acima da média da América Latina, que ficou em 4,4 pontos em outubro, mas abaixo da obtida por seis dos dez países analisados: Paraguai (6,4 pontos), Peru (6), Colômbia (5,7), Bolívia (5,4), Chile (5,2) e Equador (5).

A média mundial do ICE (5,5) ficou acima da brasileira. Entre o Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, a nota brasileira só perdeu para a chinesa (5,6 pontos), ficando acima da Índia (4,5), Rússia (3,9) e África do Sul (3,8).

Informações do IBGE e da Agência Brasil

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