O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (15/01) a pesquisa sobre as vendas no varejo relativas ao mês de novembro do ano passado. Houve crescimento de 0,3% em relação a outubro. O volume de vendas na comparação com o mesmo mês de 2011 cresceu 8,4% e nesse período a receita nominal obtida com a atividade subiu 13,7%. No acumulado de 2012, as vendas no varejo cresceram 8,9% e a receita nominal 12,5%.
De acordo com a pesquisa do IBGE, as vendas no varejo ampliado, quando se computam o comércio de veículos, entre novembro e outubro do ano passado houve retração de 1,2%, mas houve crescimento em todas as comparações, no acumulado entre novembro de 2011 e novembro de 2012, no acumulado em doze meses e no acumulado do ano, quando o volume de vendas cresceu 8,4% e a receita nominal subiu 9,7% na comparação com igual período de 2011.
Entre as dez atividades do varejo ampliado, em novembro cinco tiveram crescimento. O destaque foi o segmento “outros artigos de uso pessoal e doméstico”, cujas vendas cresceram 4,2%. Os segmentos “tecidos, vestuário e calçados” e “hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo” cresceram 2,1% e 0,6% respectivamente, seguido pelos segmentos “produtos farmacêuticos” e “livros e papelaria”, com crescimento de 0,6% e 0,1%.
O segmento “hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo”, na comparação das vendas entre novembro do ano passado e novembro de 2011, registrou crescimento de 8,3% e exerceu impacto correspondente a 43% no resultado da pesquisa dodo varejo
Na atividade comercial relacionada aos móveis e eletrodomésticos, o crescimento das vendas foi de 8,3% na comparação de novembro de 2012 com o mesmo mês do ano anterior, devido, principalmente, às linhas de crédito oferecidas aos consumidores pelos estabelecimentos comerciais, assim como por causa da redução dos preços dos produtos eletroeletrônicos estimulada pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) promovida pelo Governo Federal, como forma de reativar a economia. O segmento, no ano, acumula alta de 12,7% nas vendas e nos últimos doze meses, terminados em novembro, de 13%.
Na prática, as vendas do comércio deram a resposta esperada pela ação do governo Dilma Rousseff em reduzir impostos, aumentar as linhas de crédito para o consumo, pela manutenção dos postos de trabalho e pela melhoria da massa salarial. Esses componentes, reunidos, indicam que os estoques das indústrias foram reduzidos e induziram a reativação da linha de produção.
Para mostrar que a economia tem dado as respostas às medidas do governo, a quarta maior contribuição para o crescimento das vendas do varejo foi dada pelo segmento “combustíveis e lubrificantes”, que subiu 7,6% em novembro de 2012 na comparação com novembro de
No comércio varejista ampliado, a venda de veículos cresceu 7,2% em novembro em relação a novembro de 2011, mas foi metade do crescimento verificado em outubro, quando as vendas tinham crescido 14,5%. Esse movimento ocorreu pela possibilidade de o governo não prorrogar a isenção do IPI para diversos modelos, mas a medida foi prorrogada e a retomada das alíquotas será gradual no decorrer deste ano.
A pesquisa do IBGE mostrou, ainda, que a atividade do comércio foi positiva em 25 das 27 unidades da federação. Em novembro, houve queda nas vendas do comércio do Amazonas (1,6%) e no Distrito Federal (1%). As maiores altas do comércio varejista aconteceram no Tocantins (24,8%), Mato Grosso do Sul (24,3%), Roraima (24,2%), Amapá (18,9%) e Paraíba (15,3%).
Marcello Antunes, com informações do IBGE
Confira a pesquisa do comércio varejista do IBGE
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2309&id_pagina=1