Viana aponta os avanços sociais e políticos dos dez anos do PT

Classe média saltou de 67 milhões para 95 milhões e já é metade da população. O ganho real do salário mínimo chega a 66%.


Senador compara políticas desenvolvidas
por Lula e Dilma com governo
Fernando Henrique

Os dez anos do PT à frente do governo federal representam um dos períodos de maior avanço social e político da história do Brasil. A avaliação é do senador Jorge Viana (PT-AC), que subiu à tribuna na noite de terça-feira, 19 de fevereiro, para celebrar os governos de Lula e Dilma Rousseff, e saudar a ampliação do programa Brasil sem Miséria, anunciada pela presidenta. Citando dados e números sobre desenvolvimento social e econômico, o senador afirmou que é preciso comemorar a presença do PT na Presidência da República. “São 10 anos de um governo que mudou o Brasil”, disse. 

“Para falar de desenvolvimento é preciso falar de pessoas. Em 2002, o Brasil tinha 26,7% de sua população na classe E. Boa parte do povo, 46 milhões de brasileiros, vivia na pobreza. Agora, esse contingente, que vem sendo beneficiado pelos nossos programas sociais, representa 12%. Soma 28 milhões”, comparou. “A classe média, há dez anos, correspondia a 37% da população. Eram 67 milhões de brasileiros na classe C. Agora, 50% da população brasileira estão na classe média. São 95 milhões de pessoas”.

Jorge Viana lembrou que ainda há muito a fazer, mas é preciso reconhecer as conquistas e mostrar que o país tem rumo. “Seguimos com grandes desafios de infraestrutura aeroportuária, de energia e rodoviária. Temos muito que investir em ciência e tecnologia, em educação, em melhoria da área de segurança e de saúde. É óbvio, mas temos que reconhecer que demos muitos passos”, comentou.

O senador observou que o país estaria melhor se assistisse a um debate sobre alternativas de desenvolvimento para o Brasil. “Se algum partido político tiver um projeto melhor que o nosso, de crescimento econômico, com inclusão social, de transformação do nosso país, é óbvio que esse debate nos interessa”, disse.

E alfinetou os adversários: “Seria muito interessante vermos um debate sobre os oito anos do PSDB e os oito anos de Lula. Por que não? O PSDB nunca quis esse debate. Aliás, nunca quis debater nem o governo do presidente Fernando Henrique. Alguns do PSDB esconderam o presidente Fernando Henrique, que é uma grande liderança do país, uma pessoa que merece todo o respeito”.

Senador pelo Acre, Jorge Viana lembrou que o PIB de 2002, quando os tucanos comandavam o país, tinha sido de US$ 500 bilhões. Em 2012, depois dos dez anos de Lula e Dilma, o PIB brasileiro chegou a US$2,6 trilhões. “Isso é trabalhar pelo Brasil. Isso é mudar o Brasil”, disse. “Em 2002, o PIB per capita, era de US$ 2,8 mil. Depois de 10 anos de governo do PT, USid=”mce_marker”3.300”.

“Isso não é mudança? Ambos foram multiplicados por cinco em dez anos, graças à dedicação de um governo que cometeu falhas, que falhou em vários aspectos, mas que avançou e hoje é parte da história de mudanças do nosso país”, destacou. “O Brasil, com o governo de Lula e Dilma, atraiu a atenção do mundo inteiro. É um dos poucos governos do mundo que conseguiu conciliar crescimento econômico com distribuição de renda”.

Jorge Viana elogiou a iniciativa da presidente Dilma Rousseff pelo anúncio da ampliação do programa Brasil sem Miséria, que retirou 22 milhões de pessoas da extrema pobreza. “O número de miseráveis nos Estados Unidos está aumentando, o número de pobres e extremamente pobres e miseráveis na Europa está aumentando”, comparou. “E Dilma, hoje, disse: ‘estamos assumindo o compromisso, tomando a decisão política de erradicar a miséria em nosso país, a extrema pobreza’”.

Citando o senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência da República, que sobe nesta quarta-feira, 20, na tribuna do Senado para criticar o governo, Jorge Viana provocou. “Acho que temos um bom debate daqueles que já governaram o país com aqueles que governam o país. Isso interessa ao Congresso e ao povo brasileiro: dar transparência ao país de hoje e ao país de ontem”.

O senador petista lembrou que a inflação em 2002 era de 12% pelo IPC e, no ano passado, foi de 5,8%. Sobre o desemprego, Jorge Viana comparou a situação há dez anos com a vivida hoje pela Europa e Estados Unidos. “O desemprego quando assumimos o governo era de 13%. Agora, temos 4,7%. Isso é pleno emprego”, disse.

Ele também lembrou como os presidentes Lula e Dilma batalharam nesses dez anos para elevar o salário mínimo, uma promessa de campanha do PT desde que disputou a primeira eleição para presidente da República, em 1989. “No governo deles (PSDB), que nos criticam hoje, o salário mínimo era de R$ 200. Em 2012, o salário mínimo era de R$622. Houve um ganho real de 66%”, lembrou. “O salário mínimo neste país não tinha ganho real, tinha perda real”.

Jorge Viana anunciou que estará presente à festa dos 10 anos do PT no governo central do país, a ser celebrada na noite desta quarta-feira, 20 de fevereiro, em São Paulo. E comentou voltará à tribuna para fazer uma nova avaliação do que representou essa década de mudanças no país. Ele comentou que aguarda o pronunciamento do colega Aécio Neves. “É bom para que a gente possa fazer a devida comparação e ter um debate sobre o país que o povo brasileiro quer ter: um país com crescimento econômico, sem miséria, porque não existe país rico com a presença de uma população que viva na miséria”, disse.

O que mudou no país, disse Jorge Viana:

Quadro comparativo – PT x PSDB

PIB

2002 – US$ 500 bilhões

2012 – US$ 2,6 trilhões

PIB per capita

2002 – US$ 2,8 mi

2012 – US$ 13,3 mi

Safra de grãos

2002 – 96,8 milhões de toneladas

2012 – 165,9 milhões de toneladas

Investimentos na agricultura

2002 – R$ 24,7 bilhões

2012 – R$ 107,2 bilhões

Taxa de investimento sobre o PIB

2002 – 16, 4%

2012 – 20,8%

Petrobras | Lucro líquido

2002 – R$ 8,098 bilhões

2012 – R$ 21,18 bilhões

Petrobras | Investimento

2002 – R$ 19bi

2012 – R$ 84,1bi

Petrobras | Valor de mercado

2002 – US$ 15,6bi – 15ª do mundo

2012 – US$ 113 bi – 8ª do mundo

Petrobras | Produção

2002: 1,5 milhões de barris/dia

2012: 1,98 milhões de barris/dia

Investimento Estrangeiro Direto

2002 – US$ 16,5 bilhões

2011 – US$ 66,6 bilhões

Inflação IPCA

2002 – 12,5%

2012 – 5,83%

Desemprego

2002 – 12,9%

2012 – 5,5%

Salário Mínimo nominal

2002 – R$ 200

2012 – R$ 622

Coeficiente de Gini (Mede a desigualdade de renda. Quanto mais perto de 1, pior)

2002 – 0,589

2011 – 0,541

Taxa de pobreza (Classe “E” no total da população)

2002 – 26,7%: 46,6 milhões de pessoas na classe E

2012 – 12,8%: 28,9 milhões de pessoas na classe E

Classe C sobre total da população

2002 – 37%: 67 milhões de pessoas na classe C

2012 – 50%: 95 milhões de pessoas na classe C

Número de matrículas no ensino profissional

2002 – 565 mil

2012 – 924 mil

Percentual da força de trabalho com 11 anos ou mais de estudo

2002 – 44,7%

2012 – 60,5%

Bolsas de Mestrado e Doutorado no Capes e CNPq

2002 – 35 mil

2013 – 105 mil

Títulos em doutorado

2002 – 6.894

2012 – 13.304

Dívida externa

2002 – US$ 165 bilhões

2011 – US$ – 79,1 bilhões

Reservas Internacionais

2002 – US$ 36 bilhões

2012 – US$ 353 bilhões

Exportações

2002 – US$ 60 bilhões

2011 – US$ 256 bilhões

Juros – taxa Selic

2002 – 25% anuais

2012 – 7,25% anuais 

Taxa que o Brasil paga em título vendido no exterior

2002 – 12,6% aa

Janeiro de  2012 – 3,5% aa

Dívida do setor público sobre o PIB

2002 – 60,4%

2012 – 36,9%

Despesas de pessoal

2002 – 4,8% do PIB

2012 – 4,4% do PIB

Fonte: Relatório “Economia Brasileira em Perspectiva” – Ministério da Fazenda

Assessoria de Imprensa do senador Jorge Viana

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