Viana: Brasil vive momento de independência econômica e política

Em discurso nesta segunda-feira (12/09), o senador Jorge Viana (PT-AC) destacou as comemorações da Independência do Brasil e elogiou o pronunciamento feito pela presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional de televisão. Jorge Viana disse que a data de 7 de setembro nunca soou tão significativa como agora, já que o Brasil vive um momento de verdadeira independência política e econômica e é chefiado por uma mulher.

“Estamos diante de um momento histórico, afinal é a primeira vez que uma mulher preside as comemorações em Brasília”, disse.

Jorge Viana ressaltou a “história de vida singular” da presidente Dilma e lembrou os avanços sociais e econômicos ocorridos no país nos últimos anos. O parlamentar ainda elogiou os investimentos do governo federal em infraestrutura, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e em educação, com a criação de mais escolas técnicas e universidades públicas.

O senador também elogiou o programa Brasil sem Miséria, que pretende tirar 16 milhões de brasileiros da situação de miséria extrema e direciona recursos para o atendimento de moradores das florestas. Jorge Viana ainda disse que o Brasil hoje é uma referência mundial e destacou as conquistas do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Acre

Segundo o senador, há 13 anos o Acre não comemorava o 7 de setembro, por conta de “descaminhos” da administração pública estadual. Jorge Viana afirmou que desmandos afetavam a auto-estima do povo acreano e a data não era marcante para a população do estado. O senador contou que, quando foi governador do Acre (1999-2007), incentivou as comemorações na data.

“A população tem correspondido e a cada ano aumenta o número de participantes nas festividades”, comemorou o senador.

Fonte: Agência Senado

 

Leia a íntegra do discurso do senador Jorge Viana

O SR. JORGE VIANA (Bloco/PT – AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, não posso iniciar um pronunciamento sem antes elogiar a atitude do Senador Rodrigo Rollemberg, Senador pelo Distrito Federal, grande companheiro e colega aqui nesta Casa, pela iniciativa desta sessão que o Senado acaba de realizar em homenagem aos 109 anos de nascimento do nosso sempre presidente Juscelino Kubitschek.
Tive o privilégio de cumprimentar a sua neta, seus amigos e colaboradores.
De fato ele é fonte de inspiração até os dias de hoje. E certamente aqueles que se pegam à sua trajetória, aos seus exemplos, ao seu legado têm a partir desse comprometimento uma demonstração de amor pelo Brasil.
Vale a pena ressaltar, como fiz em outras ocasiões, que até mesmo num momento em que sofreu talvez a maior injustiça que um brasileiro podia da qualidade dele sofrer, quando foi acusado injustamente de desvio de conduta, acusado de ter sido complacente com a corrupção, foi uma injustiça de seus adversário, mas uma parcela importante da sociedade brasileira não acolheu, não aceitou, e, felizmente, prevaleceu na biografia de Juscelino Kubitschek a verdade, de ele ser um grande brasileiro, um homem honrado, um exemplo até os dias de hoje para todos nós, especialmente aqueles que assumem
Aqueles que assumem o papel e a responsabilidade de atuar na política. Refiro-me sempre a boa política.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o que me traz a esta Tribuna, na tarde de hoje, é a minha intenção de registrar mais uma comemoração de 7 de setembro, da Independência do nosso País.
Mas quero começar e registrar, com alegria, o pronunciamento feito pela Presidenta Dilma Rousseff, em cadeia de televisão, em celebração à data histórica de 07 de setembro. Falo isso, porque alguns colegas aqui no Senado já fizeram, também, por entenderem que estamos diante de um momento histórico, pela primeira vez na história do Brasil uma mulher Presidiu as comemorações de 07 de setembro, aqui em Brasília, alegrou os corações de todos nós brasileiros vê a Presidente Dilma revistando a tropa, passando em carro aberto e Presidindo em nome das mulheres e dos homens do Brasil as comemorações de uma data tão importante.
Nunca essa data soou tão significativa quanto agora, nunca em nossa história o povo brasileiro viveu essa experiência de verdadeira independência econômica e política da forma como vivemos agora.
Nós, do Acre, sabemos bem o que é isso. V. Exª que Presidi esta sessão sabe que há 13 anos, atrás o Acre não comemorava 07 de setembro. Uma data que há décadas atrás fazia com que milhares de pessoas saíssem das florestas, de suas casas na floresta e viesse até Rio Branco, do interior do Estado, para celebrar 07 de setembro. Por conta dos descaminhos que a administração pública no Acre pegou, por conta da ação equivocada e eu diria até irresponsável de alguns que levaram o Acre para uma situação de absoluta ilegalidade, afetando a auto-estima do povo acreano 07 de setembro não era mais uma data marcante na vida do povo acreano. De treze anos para cá tive o privilégio de no Governo recolocar essa data com dois sentimentos, o de reunir o povo do Acre, celebrando com muita legitimidade, porque o Acre é parte do Brasil, por opção. O Acre entrou numa guerra com a Bolívia
O Acre entrou para uma guerra com a Bolívia, graças à força dos nordestinos e brasileiros que lideraram a revolução acreana. O Acre lutou para fazer parte do Brasil. Então, celebrar o 7 de Setembro no Acre como fez agora o Governador Tião Viana é, para nós, muito mais especial do que em outros Estados do Brasil. Mas, o outro motivo é também uma data da maior importância para o nosso País e, nesses últimos treze anos, o Acre sempre reservou uma atenção especial e, o melhor, a população tem correspondido e, a cada ano, aumenta o numero de pessoas que participam do 7 de Setembro.
Aqui estou para me referir ao fato histórico que nesses anos de República, pela primeira vez, tivemos uma mulher com a história de vida tão singular como tem a Presidente Dilma, uma pessoa que enfrentou tantas dificuldades na vida para fazer a política num dos momentos mais difíceis quando só se havia política se tivesse muita coragem e muito idealismo.
Nesse período, fazer política era correr risco de morte, de ir para a cadeia e a Presidente Dilma que, alguns, às vezes, equivocadamente dizem que é uma pessoa que não tem feição para a política, iniciou sua jornada política nesse momento de dificuldade.
Passados esses anos, depois de tanto tempo, a Presidente Dilma escreve uma nova história do Brasil, a partir desse último 07 de setembro e ela fez muito bem em entrar em cadeia de rádio e televisão no 7 de setembro, fazendo uma fala também histórica para a Nação brasileira.
Em seu pronunciamento ela falou: ”os países ricos que se preparem para um longo período de estagnação e até de recessão”, mas ressalvou que “a crise não nos ameaça fortemente, porque o Brasil mudou para melhor”.
De fato, é motivo de orgulho olhar o Brasil dos últimos anos, ver as transformações ocorridas, o quanto o País mudou para melhor. Sob qualquer ângulo, os números são animadores. A renda e o emprego cresceram a níveis históricos e é claramente visível, em todos os cantos do País, a melhora na qualidade de vida do nosso povo.
A Presidente Dilma diz também, sem seu pronunciamento, que “nossa situação é, de fato, privilegiada em relação a muitos países do mundo”, mas ainda estamos aquém do que podemos, do que queremos e do que necessitamos.
É compreensível e admirável que nossa Presidente não se contente com as estatísticas positivas atuais e queira avançar ainda mais na oferta de oportunidades ao povo brasileiro.
Aí está, como prova disso, o grande esforço do nosso Governo, dirigido pela Presidente Dilma Rousseff, de dar continuidade e fortalecer o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC-2), um dos maiores programas de infraestrutura do mundo.
Vale aqui ressalta que, esta semana também, quando comemoramos a Independência do Brasil, o Presidente Obama, visando a frear o desemprego crescente nos Estados Unidos, ameaça de recessão e estagnação, lançou um programa de infraestrutura perto de 500 milhões de dólares.
Vale ressaltar que o PAC, lançado a partir de um planejamento, que começou no Governo do Presidente Lula, gerenciado pela hoje Presidente Dilma, lançou um programa não em cima de uma crise, como solução para uma crise, mas um programa como parte do modelo de desenvolvimento que o Governo do Presidente Lula e que o Governo da Presidente Dilma tentam e, com sucesso, conseguem implementar.
Ressalto também, tão importante quando o PAC é o programa Brasil sem Miséria, lançado nesse primeiro semestre do Governo da Presidente Dilma, para tirar 16 milhões de brasileiros da linha de extrema pobreza.
Não posso deixar de mencionar que com o Brasil sem Miséria, pela primeira vez se faz justiça a quem cuida das florestas no Brasil. Parte desse plano é voltado aos povos da floresta, como a instituição do Bolsa Verde, que pagará a cada trimestre, por meio de cartão, R$300,00, por família, que preservem floresta nacional, reserva extrativista e que colaborem com o desenvolvimento sustentável. Quem vive, quem conhece a realidade da Amazônia Brasileira, das populações que moram nos lugares mais distantes na fronteira tão distante do Brasil sabe a importância desse programa que vai mudar, definitivamente, a vida de milhões de brasileiros e brasileiras, que sempre foram os verdadeiros guardiões da integridade do Território Nacional.

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