Senador também se comprometeu em apoiar tramitação para que o Brasil integre a maior rede ligada ao estudo e viabilidade do bambu do mundo, o InbarDando continuidade à missão oficial na China, onde chefia a delegação brasileira que participa de encontros e seminários para tratar das obras da Ferrovia Bioceânica, o senador Jorge Viana (PT-AC) visitou a sede do Centro Internacional para o Bambu e Rattan (ICBR), onde buscou discutir parcerias e acordos de cooperação entre a instituição e o Brasil, especialmente com o estado do Acre.
O parlamentar também se reuniu com o diretor geral e a equipe do Instituto Internacional do Bambu e Rattan (Inbar), uma rede internacional criada pela ONU que reúne 41 países para definir e implementar uma agenda global para o desenvolvimento sustentável através do uso do bambu e do ratan (uma espécie de cipó). As duas entidades, que trabalham de forma integrada, estão sediadas em Pequim, na China, que é atualmente o país líder no mundo na pesquisa, desenvolvimento e comércio do bambu.
Viana visitou os laboratórios de pesquisa da espécie e falou sobre a possibilidade de uma parceria com a Fundação de Tecnologia do Acre e também com a Universidade Federal do Acre. “A parceria com o ICBR pode levar para o nosso estado projetos de desenvolvimento sustentável e integrado com bambu financiado pelo instituto e pelo Ministério do Comércio, que promove workshops e treinamentos internacionais nesta área”, destacou o parlamentar.
O senador se comprometeu em ajudar na tramitação do acordo internacional que inclui o Brasil como país membro do Inbar. A proposta já foi aprovada nas comissões da Câmara dos Deputados e aguarda votação no plenário para depois seguir para o Senado.
O Brasil possui a maior biodiversidade de bambu da América Latina, com mais de 230 espécies registradas. E o estado do Acre possui, de acordo com a Embrapa, a maior floresta nativa de bambu do mundo. Pesquisadores da instituição no Acre apontam para existência de 4,5 milhões de hectares no estado.
O bambu é uma planta sustentável e economicamente viável para os produtores rurais que a cultivam. Na mesma área, é possível realizar este tipo de cultivo durante aproximadamente 70 anos e para a colheita não são necessários grandes equipamentos.
Na China, a espécie é muito utilizada para construção civil. Somente em 2014, o comércio de bambu neste país movimentou cerca de US$ 30 bilhões, o que representa metade do total movimentado por este mercado em todo o mundo. A China tem mais de 450 produtos e tecnologias patenteadas relacionadas ao bambu e mais de duas mil pesquisas em andamento neste setor.
Aproveitamento
O bambu tem muitas aplicações e pode ser utilizado para fabricar desde papel até tábuas. Cada espécie tem uma utilidade específica. O bambu também pode ser utilizado na fabricação de tijolos, fibras de tecido, alimentos, construção de casas, quiosques, estábulos, entre outros. Mas, segundo especialistas, o grande negócio é usá-lo para substituir madeira. O bambu cresce rápido e, se manejado adequadamente, não é preciso replantar.
Assessoria do senador Jorge Viana
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