Viana celebra 35 anos do Telecurso

Senador ressalta importância do projeto no Acre,
que ajudou, em dez anos, mais de 20 mil
estudantes

Vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), subiu à tribuna nesta terça-feira, 28 de maio, para celebrar os 35 anos do Telecurso, iniciativa da Fundação Roberto Marinho e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O projeto já beneficiou 6 milhões de estudantes em todo o Brasil desde 1995 e recebeu prêmios de reconhecimento, inclusive da Unesco, a Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura.

“Nesses 35 anos, usou-se a tecnologia, uma ferramenta fundamental, para oferecer teleaulas”, disse o senador. “O Acre teve o privilégio de estabelecer uma parceria que nos ajudou a sair dos últimos lugares dos indicadores de educação no Brasil e disputar as melhores posições”. A festa de aniversário do projeto ocorreu no Rio de Janeiro, na noite de segunda-feira, 27 de maio. “Infelizmente, não pude comparecer, mas faço meu agradecimento aqui da tribuna do Senado”, saudou.

O parlamentar ressaltou outros números do Telecurso: 40 mil professores formados, 30 mil salas de aula, 1.500 instituições parceiras, distribuição de 24 milhões de livros. “Sete milhões de brasileiros assistem, semanalmente, as aulas do Telecurso”, apontou.

Ele comentou que o Acre alcançou bons resultados e experimentou uma mudança radical com a redução das taxas de distorção idade/série. Segundo dados do Ministério da Educação, dos 48.490 alunos matriculados em 2002 entre o 6º e o 9º ano do ensino fundamental, 26.963 estudantes estavam em defasagem. A taxa era de 55,6%. “O número caiu para 8,4% em 2012”, comparou Viana. Dos 67.404 alunos matriculados no ano passado, 5.573 estavam em situação de defasagem.

“Não teríamos alcançado e essa grande transformação, se não tivéssemos estabelecido essa parceria com a Fundação Roberto Marinho”, afirmou o senador do PT. “No caso do Acre, foram mais de 20 mil jovens que tiveram a oportunidade de usufruir graças ao Projeto Poronga”.

A palavra designa as lamparinas usadas na cabeça pelos seringueiros para trabalhar pela noite, durante as madrugadas. “E com esse nome, dos 35 anos da Fundação Roberto Marinho, somos testemunhas e beneficiários por pelo menos dez anos”, destacou Viana. “Com esse Projeto Poronga, jovens da mesma idade tiveram a oportunidade de cumprir o currículo regular, concluir as etapas do ensino, e com isso milhares deles hoje estão fazendo faculdade”.

CTA

Ainda na tribuna do Senado, Jorge Viana destacou o aniversário de 30 anos do Centro de Trabalhadores da Amazônia (CTA) no Acre. “O CTA foi fundado por Chico Mendes, entre outros, e recebeu o prêmio Unicef/Itaú em 1995. Tem como base o Projeto Seringueiro que é o de Alfabetização e de Educação na Floresta”, destacou o senador.

“Tive o privilégio de ser coordenador do CTA, como também o foi o governador Binho [Marques], e Chico Mendes foi um dos fundadores”, relembrou. “O Projeto Seringueiro, a grande marca do CTA, era uma espécie de nosso Projeto Poranga da época, pois a ideia do Chico era a de que um seringueiro que soubesse fazer contas, que soubesse ler e escrever, não seria, certamente, enganado pelo patrão”.

Assessoria de Imprensa do senador Jorge Viana

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