O senador Jorge Viana (PT-AC) cobrou medidas das autoridades do Tribunal de Contas da União e da Agência Nacional de Petróleo para evitar as altas abusivas nos preços dos combustíveis praticadas pelo governo Temer, nesta terça-feira (22).
“Apoio o movimento dos caminhoneiros, dos agricultores, dos ribeirinhos que gritam há tempo, mas este Brasil ficou surdo para ouvir a voz da maioria daqueles que sofrem a consequência de um governo absolutamente irresponsável com a economia do país, porque eu nunca vi um governo que não passou nas urnas fazer tanto mal ao país em tão pouco tempo”, disse.
“Temos que trazer o atual ministro de Minas e Energia, que estava lá no Palácio do Planalto pondo o Brasil à venda e agora está no ministério, o senhor Moreira Franco, como o grande responsável por esse desmonte da Petrobras e da Eletrobras”, criticou. Viana alertou que as seguidas altas nas tarifas estão agravando a crise econômica que o país enfrenta, porque a maioria da população está enfrentando dificuldades para viver.
“O Brasil está parado. O Mato Grosso está parado, o Sul está parado, com a greve dos caminhoneiros, porque o silêncio ensurdecedor de parte da imprensa nacional e até do Congresso Nacional levou a esse termo”, criticou Viana, durante audiência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. “Eu não estou aqui querendo fazer nenhum controle de preço, mas veja o que aconteceu depois que Temer chegou ao poder: o petróleo, praticamente, dobrou de preço, e a produção nacional passou dos 2 milhões de barris”, comentou.
O senador avalia que chegou atrasada a decisão dos presidentes do Legislativo de se manifestarem sobre as altas dos combustíveis. “Ora, a cada ano são 15, 16 aumentos do preço da gasolina, do combustível”, alertou. “Nós estamos tratando aqui de diminuir desigualdades, mas sabe quanto custa um bujão de gás, lá em Santa Rosa do Purus, fronteira com o Peru? R$250”.
Viana apresentou requerimento de informações aos ministros da Fazenda e das Minas e Energia sobre o que explica as constantes altas das tarifas. “Eu não vejo os falsos moralistas que vieram aqui, à época do impeachment, do TCU tomarem alguma medida”, cobrou. “Não vejo onde estão os indicados para a Agência Nacional de Petróleo tomarem alguma medida. Não vejo nem mesmo o Ministério Público e o Judiciário adotando medidas, porque o povo brasileiro está passando necessidade”.