Viana: êxito na realização da Copa coloca o Brasil em um novo patamar

Em plenário, Viana critica previsões insistentes sobre capacidade do País para organizar o torneioO grande êxito na realização da Copa do Mundo 2014 inaugura um novo momento no Brasil. “Uma nova fase, na qual demonstramos que podemos e realizaremos grandes eventos”, avalia o senador Jorge Viana (PT-AC), para quem, se a Seleção da Alemanha foi a grande vencedora dentro de campo, foi o povo brasileiro o grande campeão além das quatro linhas. “O grande legado desta Copa é a possibilidade de virarmos a página do complexo de vira-latas”, afirmou o senador, em pronunciamento ao plenário, nesta segunda-feira (14), sem poupar críticas aos setores que passaram dois anos empenhados em uma campanha de desqualificação do País, em previsões insistentes sobre o “fracasso da Copa”.

Viana: êxito na realização da Copa coloca o Brasil em um novo patamar

“Esta Copa é a oportunidade daqueles que têm complexo de vira-lata para virar esta página. Os articulistas, alguns políticos e uma parte da grande imprensa precisam mudar a maneira de ver, de tratar o nosso País daqui para frente”, afirmou Viana, que criticou a campanha pessimista movida por esses segmentos. “Dois anos tentando vender para os brasileiros e para o mundo uma imagem falsa do nosso País, de que não sabemos realizar nada, que nosso País é incapaz de fazer alguma coisa bem feita”. O senador lamentou que até o “grande jogador Ronaldo”, membro do Comitê Organizador do torneio, tenha “derrapado a ponto de dizer que estava com vergonha da Copa. Eu acho que ele leu muito, ouviu muito a posição da grande imprensa nacional”. A lição da imprensa, afirmou Viana é que “o leitor, o cidadão brasileiro precisa ser respeitado”.

Diante dos 31 dias de absoluto sucesso da Copa, parte da grande imprensa tenta mudar as versões, acusando a imprensa internacional de ter criado o clima de pessimismo, artifício que o senador rejeita: “Ao contrário, quem fez a imprensa nacional mudar de opinião sobre a Copa foram Suas Excelências, os Fatos. E também a imprensa internacional que começou a fazer matérias mostrando que a Copa estava sendo um sucesso”. Para Viana, todos — governo, CBF, povo e imprensa — precisam tirar lições da Copa 2014.

Ele criticou duramente a capa publicada pelo jornal O Globo, retratando o zagueiro David Luís, que atuava como capitão da seleção Brasileira, de quatro em campo, após a derrota para a Alemanha. “Foi uma foto pejorativa, uma maneira de tentar expor o nosso País. Foi muito infeliz, não quem tirou a foto, mas de quem tomou a decisão de publicá-la na capa do jornal como sinônimo da apresentação do nosso capitão David Luiz”. Para o senador, o jornal deve desculpas ao atleta.

Campanha

Sobre a campanha de desqualificação da Copa, Viana chama a atenção que os críticos “quebraram a cara”, destacando que a Copa feita no Brasil recebeu, por critérios técnicos da FIFA, a maior nota já dada a um torneio promovido pela entidade, 9.2. Ele lembrou, ainda, que 80% das pessoas que foram para os estádios usaram o transporte público e que os aeroportos funcionaram com índices de atrasos de voo inferiores aos europeus. “Esses metrôs, linhas de ônibus e aeroportos não vão embora, agora que a Copa acabou. Ficarão para o uso dos cidadãos, no seu dia a dia”

Viana criticou, também, os “novos ricos do Brasil, gente que quanto mais ganha nesse país, mais o renega. Tem setores da imprensa nacional que arrecadam fortunas, arrecadam dinheiro fora dos padrões comerciais e são exatamente esses que diariamente puxam e empurram o nosso país para baixo”. E lembrou que, passada a Copa, já começou a campanha de desqualificação da Olimpíada de 2016. “Todos que trabalharam nessas linhas editoriais precisam fazer uma reflexão para ver qual é o legado do ponto de vista da grande imprensa que a Copa deixa”.

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