Viana lamenta extermínio dos povos indígenas e defende valorização da Funai

Viana lamenta extermínio dos povos indígenas e defende valorização da Funai

No Dia do Índio, comemorado nesta terça-feira (19), o senador Jorge Viana (PT-AC) lamentou, em discurso no Plenário, que o País ainda não saiba cuidar desses brasileiros. Uma demonstração disso, segundo ele, é a dizimação dos povos indígenas. O senador lembrou que, em 1500, a estimativa é de que havia de 4 a 6 milhões de índios no Brasil e hoje são apenas 400 mil. 

“Temos muitos e sérios problemas, mas, hoje, quase 14% do território acriano é destinado aos povos indígenas. A população indígena é de quase 20 mil índios, com um crescimento enorme, com muitas crianças nas aldeias”, destacou, lembrando que, na década de 1970, os governos locais declararam que não havia índios no estado. “Graças ao trabalho de indigenistas como Terri Aquino, Meirelles e Macedo – poderia citar tantos outros – e a força da organização dos povos indígenas, de organizações como a CPI, a Comissão Pró-Índios, e abnegados funcionários da Funai, o Acre conseguiu ser uma referência do ponto de vista daquilo que o Brasil tem hoje como política para os povos indígenas”, disse. 

O senador destacou o trabalho do renomado fotógrafo Sebastião Salgado junto aos povos ashaninka. É a continuidade de um projeto que já dura quase dez anos, para retatar sete povos indígenas, explicou o parlamntar. 

Jorge Viana protestou contra a precária situação da Fundação Nacional do Índio (Funai) e propôs uma ação suprapartidária em favor de mais recursos para a instituição. Também criticou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 215/2000), em análise na Câmara dos Deputados, que transfere da Funai para o Congresso Nacional a atribuição de demarcar as reservas indígenas. 

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