Viana: oposição resiste em apurar trensalão tucano

Viana: oposição resiste em apurar trensalão tucano

Senador afirma que há crimes por esclarecer nas gestões do PSDB em São Paulo

Para Viana, oposição se recusa a aceitar uma
investigação sobre o metrô de São Paulo

O senador Jorge Viana (PT-AC) cobrou coerência da oposição, no começo da noite desta quarta-feira (2), ao discursar em plenário sobre a apuração pelo Senado, por meio de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), de possíveis irregularidades na gestão da Petrobras. 

Viana manifestou dificuldade para entender o porquê de as instituições encarregadas de fiscalizar a destinação de recursos públicos não atuarem suficientemente apenas quando se trata da investigação de negócios que têm a ver com administrações petistas.

“Executivos de multinacionais denunciam que pagaram propina para o governo de São Paulo, isso é muito grave, mas não ouço um único discurso neste plenário em nome da apuração desses fatos concretos”, argumentou o parlamentar. “Há crimes cometidos, só falta saber o tamanho e quem são os culpados.”

Viana fazia referência à entrega de documentos por funcionário de fornecedor do metrô paulistano ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Quando é para investigar empresa ligada ao governo federal, aí a investigação tem que vir para cá?”, estranhou.

O senador se mostrou intrigado com reação à proposta de ampliação dos temas para investigação de eventual CPI. “Não acredito que a oposição queira uma cepeizinha”, disse ele. “Vivemos o esplendor da democracia e a minoria não pode usar um instrumento constitucional para excluir a maioria.”

O Partido dos Trabalhadores apresentou na terça-feira requerimento para que, além da gestão da Petrobras, comissão parlamentar investigue as obras no metrô de São Paulo, obras no Porto de Suape relacionadas à Refinaria Abreu e Lima e o uso de recursos públicos na instalação de redes digitais por governos estaduais.

A apresentação do requerimento, destacou o senador, evidencia disposição do governo para levar às claras o uso de recursos públicos federais. “A divergência (com a oposição) está no acréscimo de dois pontos, que a oposição não aceita”, resumiu. “É a primeira vez na história do País que o governo concorda com a oposição no uso de um instrumento de investigação.”

O parlamentar reforçou que o oportunismo eleitoral não pode ameaçar a maior empresa nacional, um patrimônio do povo brasileiro. “Tomara que essa proposta não seja tentativa da oposição de buscar combustível para suas campanhas porque o Senado não é posto de combustível”, salientou. “A Petrobras não deve ser o centro do debate da campanha.”

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