Viana pede ajuda para adolescente haitiano sem documentos

Jovem não pode sair do Brasil e quer reencontrar irmã, que estaria na Martinica

Viana se encontrará com embaixador francês a
fim de buscar solução para o caso do rapaz
Jalens, de 15 anos

Na véspera do dia em que o Brasil comemora os 126 anos da Lei Áurea, o senador Jorge Viana (PT-AC) foi à tribuna contar a história de um rapaz haitiano que está há um ano no Brasil, abrigado em Epitaciolândia (AC).

Jalens Volf August, de 15 anos, vei para o Brasil enviado pelo avô, que mora em Porto Príncipe, a capital do Haiti. Ao percorrer a mesma rota que outros 21 mil imigrantes nos últimos anos, o adolescente pretendia encontrar uma irmã, que morava na Guiana Francesa.

Grande e com feições adultas para quem tem apenas 15 anos, Jalens entrou sem problemas no País. Mas acabou apreendido pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Rio Branco ao tentar embarcar para Macapá (AP), pois estava sem documentos e desacompanhado de seus responsáveis legais.

Viana contou que o pai de August mora nos Estados Unidos e a mãe na Martinica. A irmã, que o rapaz iria encontrar, já saiu da Guiana e se mudou para a Martinica.

O menino chegou ao País trazido pelos populares “coiotes”, denunciou o senador, que está apelando às autoridades brasileiras e vai se encontrar com o embaixador da França em Brasília na próxima quarta-feira. “Precisamos encontrar uma solução para ele, para que ele possa encontrar e se unir à sua família”, apelou.

Jorge Viana aproveitou para criticar reportagens que chamou de “mal-apuradas”, publicadas pela imprensa dando conta de que o governador do Acre, Tião Viana, poderia até ser processado com base no direito internacional por supostamente “bancar a migração de 900 haitianos ilegais do Acre para São Paulo, sem acordo com o governo paulista”.

Na rota contrária, Viana elogiou o colunista Josias de Souza que publicou material também no último fim de semana, contando “uma história correta e bem apurada”. O senador pediu a incorporação da matéria ao seu discurso.

Leia a coluna do Josias, publicada na edição deste domingo:

Em 3 anos, país recebeu mais de 30 mil haitianos, 66% trazidos por coiotes

Giselle Chassot

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