Viana quer comissão para acompanhar desabastecimento d’água no Sudeste

Senador quer identificar as razões e maneiras de amenizar a crise hídrica, que já ameaça inclusive a economia localUma comissão temporária do Senado deve analisar  a situação de desabastecimento hídrico no Sudeste brasileiro. Nesta quarta-feira (11), o senador Jorge Viana (PT-AC), que é engenheiro florestal, propôs a instalação do grupo para acompanhar de perto os problemas e tentar identificar as razões e maneiras de amenizar as consequências do desabastecimento de uma região densamente povoada, que é polo industrial, turístico e agrícola e concentra boa parte da economia brasileira.

 

“A associação entre o pouco volume de chuvas e a ocupação desordenada da região causou a morte das nascentes e a redução da cobertura vegetal em toda a região”, alertou.  Ele acredita que “colocando o dedo na ferida”, o Congresso poderá atuar para ajudar a minimizar a situação e encontrar soluções para, ao menos, amenizar  a situação .”Há muitas décadas o Brasil parece estar trabalhando para que a natureza reaja. Agora, ela está reagindo”, sentenciou o senador.

Viana acredita que a ausência de investimentos em  muitos locais e a ausência de políticas públicas adequadas para lidar com o problema acabaram tornando a situação quase insustentável. É assim nas regiões metropolitanas de grandes cidades, como São Paulo e Belo Horizonte, onde a dificuldade de abastecimento já ameaça inclusive a economia local.

“Acho que, junto à Agência Nacional de Águas e outros órgãos competentes, poderemos fazer visitas à Região, conversar com as pessoas e tentar lidar com o problema”, defendeu.

Mesa diretora

Em seu pronunciamento, o senador também agradeceu pela recondução ao cargo de primeiro vice-presidente do Senado. Com dados do livro Contas Abertas, organizado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), ele citou números que demonstram o interesse da atual direção da Casa em economizar recursos públicos. “Aliás, recursos que são do contribuinte”, enfatizou Viana.

Ele comemorou a redução de custos com o pagamento  de horas extras dos funcionários, que caiu de R$ 63 milhões em 2010, para R$4,9 milhões em 2014 e das despesas com diárias e pagamento de passagens aéreas (redução de R$ 16 milhões, em 2010, para R$ 2,8 milhões, no ano passado). Disse ainda que essas economias são exemplos da gestão que ele pretende seguir defendendo.

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