Jorge Viana rebate críticos e diz que solo dificulta asfaltamento da BR-364

Para Viana, não considerar os problemas da BR-364 é fazer do tema um “palanque fora de época”Uma extensão de mais de 400 km no Acre dificulta a pavimentação satisfatória do trecho da BR-364 que corta o Estado. O motivo, segundo o senador Jorge Viana (PT-AC), é o solo frágil da região entre o município de Sena Madureira e o Rio Liberdade, o que obriga a aplicação de cimento para garantir um mínimo de resistência durante o asfaltamento nesses locais. Para Viana, os críticos às obras na rodovia ignoram essas dificuldades para fazer do tema um “palanque fora de época”.

“Essa estrada, por conta da precariedade do solo e da ausência de pedras [necessárias para a pavimentação], além das dificuldades da própria engenharia, tem que ser reconstruída periodicamente. E posso afirmar aqui: nunca ficará pronta, nunca! Vai estar sempre em construção, em reconstrução e em manutenção”, disse o parlamentar.

Ele acrescentou que em certas regiões do Estado, como Tarauacá, é impossível fazer uma estrada em boas condições devido às chuvas. O que se consegue, no máximo, é obter uma obra regular. “E ela só será regular se houver uma manutenção permanente, todos os anos e, em muitos casos, tendo-se de refazer. Então, não é culpa do governador do Acre, Tião Viana”.

Os problemas com as rodovias no Estado agravaram-se após as fortes chuvas, neste ano, que causaram alagamentos em diversos municípios acrianos. Uma das principais dificuldades é o custo do quilômetro de asfalto no Acre. Apesar de trechos terem um valor mais baixo – devido ao bom solo e custo menor de transporte de materiais de construção –, que variam entre R$ 300 e R$ 400 mil, a região entre Sena Madureira e o Rio Liberdade chegam a ter o preço do quilômetro de asfalto custando mais de R$ 2 milhões.

“Eu quero dizer que todo tipo de investigação já foi feito na BR-364 e, certamente, seguirá sendo feito, mas não vão encontrar nenhum esquema de corrupção. O que vão encontrar – e isto são os fatos e a verdade – é uma saga, é um exemplo de dificuldade para se fazer uma rodovia nessa região da Amazônia”, explicou o senador.

O senador lembrou que o governador Tião Viana já pediu auxílio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão vinculado ao Ministério dos Transportes, para recuperar a BR-364 e, também, na BR-317. “O governador Tião Viana tem procurado agir. Passou essa obra para o DNIT, que é quem tem condição de dar essa manutenção cara, de refazer e reconstruir os trechos que precisam ser refeitos”, disse.

Ele destacou que há um compromisso do Governo Federal na elaboração de um projeto de recuperação do trecho de Sena Madureira ao Rio Liberdade. Afirmou ainda que ficará atento às obras de recuperação da BR-317 da divisa do Acre com o Amazonas até o município de Assis Brasil. “Isso é uma missão minha de só sossegar quando a ordem de serviço for dada e quando as empresas tiverem com a quantidade de operários, com as frentes de serviço adequadas para a completa recuperação da 317”.

“O Acre tem, nessas duas rodovias, uma espécie de espinha dorsal da sua infraestrutura rodoviária e lamento que alguns, mais atendendo a interesse de suas opções políticas, ou de seus patrões, usem de inverdades para tentar atingir o governador Tião Viana, o ex-governador Binho e até mesmo meu mandato como ex-governador, e, especialmente, o governo da presidenta Dilma”, disse.

Auxílio
Neste ano, o Governo Federal já liberou verbas para auxiliar os acrianos afetados pelas fortes chuvas que atingiram o Estado. Em cidades como Rio Branco, onde vive metade da população do estado, as águas do Rio Acre chegaram à cota de 18,4 metros.

A capital do Estado, Rio Branco, recebeu da União a maior verba (R$2,9 milhões). Outros municípios também foram beneficiados, como Brasiléia (R$ 1,289 milhão), Xapuri (R$724 mil), Epitaciolândia (R$647 mil), Sena Madureira (R$222 mil) e Assis Brasil (R$57 mil).


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