Viana saúda realização do 2º transplante de fígado no Acre

Viana saúda realização do 2º transplante de fígado no Acre
 

Depois de dois anos de intensivos investimentos na Fundação Hospitalar pelo governo de Tião Viana (PT-AC), no Acre, o senador Jorge Viana (PT-AC) comemorou a realização na semana passada do segundo transplante de fígado no estado, que agora assume a responsabilidade de ser referência em atendimentos de alta complexidade na região Norte do País. “Parabenizo a equipe do doutor Tércio Genzini e à família do doador que vive no Mato Grosso do Sul. Dez estados recusaram o órgão e o governador Tião Viana fretou uma aeronave para buscar o órgão. O receptor, Alexandre, de 31 anos, está em recuperação”, contou.

O senador Jorge Viana lembrou que atualmente transplantes de fígados somente são realizados nos grandes centros, nas grandes capitais do País. Levar essa especialidade médica ao Acre é uma vitória dada à população pelo governador Tião Viana. “Eu tive a honra de levar a faculdade de medicina para o Acre quando governei o estado, assim como a residência médica. A parceria com o Ministério da Saúde foi fundamental, porque a equipe de logística de transplante envolve 50 pessoas”, afirmou.

No processo de montagem dessa equipe de transplante de fígado, o senador contou que o estado investiu na formação dos profissionais envolvidos, oferecendo a possibilidade de aprimoramento e capacitação por meio de mestrados e doutorados. “Lembro que quando assumi o governo a área de saúde no Acre era precária. Não tinha hemodiálise. A transfusão de sangue era feita braço a braço, daí a elevada ocorrência de hepatite. Ainda temos muito a fazer pela Saúde, mas lembrar como era no passado mostra como avançamos”, disse Jorge Viana, ao elogiar, também, os esforços empreendidos pelo governador Binho Marques – o governo estadual  enfrenta o desafio de tratar de 3,6 mil pacientes portadores de hepatites A, B, C e D.

Menino haitiano

Jales Wolf August é um garoto haitiano de 15 anos que chegou ao Acre sozinho, tendo por objetivo seguir viagem até a Martinica onde vive sua mãe e irmã. O pai está nos Estados Unidos, ilegalmente, com seu irmão. A história desse menino foi contada por Jorge Viana e demonstra que o Acre, apesar de ser um estado pobre, tem dispensado um tratamento humanitário digno aos mais de 23 mil imigrantes haitianos e senegaleses que entraram no Brasil nos últimos dois anos.

O senador explicou que Jales Wolf August tentava embarcar num voo para a Guiana Francesa mas, sem passaporte, foi preso pela Polícia Federal e recolhido para o abrigo de menores do município de Epitaciolândia. “Sem documentos, o garoto estava numa situação complexa. Não podia retornar ao Haiti e nem seguir viagem para encontrar sua família. Após buscar ajuda com o secretário de Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, conseguimos que a Embaixada da França lhe desse um visto para ele seguir seu destino”, disse Jorge Viana.

O embaixador da França no Brasil, Denis Pietton, teve papel fundamental para resolver a situação do garoto, lembrou Jorge Viana, porque não se prendeu aos manuais. “Era uma questão humanitária a ser resolvida”, afirmou.

O senador disse que ficou emocionado quando foi entregar o passaporte para o garoto. Jales Wolf August lhe agradeceu e, já dominando o português, lhe perguntou como poderia retribuir aquela ajuda. “O garoto fez um relato que valeu meu mandato de senador. Ele disse que faz parte da geração verdade do Haiti e que seu compromisso é estudar para voltar para seu país. O garoto fez uma fala de chefe de estado”, frisou.

Jorge Viana observou que a história desse garoto foi ignorada pela imprensa, que dá mais atenção ao fato de que 400 haitianos chegaram à São Paulo. “A imprensa não deu atenção para o fato que o Acre já recebeu 23 mil imigrantes, mas sim para os 400 haitianos que chegaram à São Paulo, entregues para os cuidados de entidades religiosas. Não podemos tratar esses irmãos com desprezo. O Acre tem buscado apoio do Governo Federal para dar um tratamento humanitário digno aos imigrantes, o que não se vê em alguns estados ricos”, afirmou.

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