Viana vai ao Planalto para falar da situação de emergência

Senador está preocupado com a situação precária em que chegam e vivem os haitianos no Acre.

Da tribuna do Senado, o senador petista elogia iniciativa do governador Tião Viana, de decretar situação especial em dois municípios do Acre. E reitera pedido de ajuda ao governo Dilma

O senador Jorge Viana (PT-AC), subiu novamente à tribuna nesta terça-feira, 9 de abril, para falar da situação dos estrangeiros no Acre. Ele anunciou que o governo do Acre decretou situação de emergência nos municípios de Brasileia e Assis Brasil no Acre. As duas cidades enfrentam situação preocupante pelo grande afluxo de imigrantes estrangeiros, que estão em situação clandestina no país. O senador foi ao Palácio do Planalto, no final da tarde, para discutir o assunto com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Viana tenta sensibilizar as autoridades federais. “Estou falando de pretos e de pobres. Para negros haitianos quem dá importância?”, questionou, da tribuna do Senado. “Falo de pobres, de miseráveis. Talvez, isso não desperte o interesse das pessoas que estão confortavelmente na corte de Brasília”. Ele reiterou que a presidenta Dilma Rousseff vem prestando apoio ao governador Tião Viana, mas é preciso fazer mais.

“Falo de pobres, de miseráveis. Talvez, isso
não desperte o interesse das pessoas que
estão confortavelmente na corte de Brasília”

 

E reiterou os apelos de ajuda ao governo. “Deveriam estar no Acre funcionários da ONU, funcionários ou pessoas que compõem o Comitê Nacional para os Refugiados”, comentou o parlamentar. “Tantos jatinhos do Brasil, do nosso governo, estão na Base Aérea de Brasília. Ontem, deveria ter decolado de Brasília um jato desses, para levar representantes dos ministérios da Justiça, das Relações Exteriores, dos Direitos Humanos”.

Segundo o senador, que pediu a transcrição do decreto do governador Tião Viana sobre a situação de emergência nas duas cidades, é preciso ampliar agora a presença do governo federal no Acre. “Hoje, há 1,3 mil haitianos, nigerianos, senegaleses e pessoas da República Dominicana no Acre, em Brasiléia”, discursou. “Dez por cento da população de Brasileia são estrangeiros sem documentos. Então, é uma situação da maior gravidade”.

Assessoria de Imprensa do senador Jorge Viana

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