Quelly, Rogéria, Aysla: são os nome das mulheres que entre tantas outras além de serem invisibilizadas durante a vida, foram apagadas também em suas mortes, os jornais se recusam a nominá-las, são chamadas apenas de travestis. No dia Nacional da Visibilidade Trans é importante lembrar que elas tem nomes, não são apenas parte de um número que coloca o Brasil como o país que mais mata trans e travestis no mundo.
Quelly da Silva, travesti de 35 anos, teve seu coração arrancado por um homem com motivações transfóbicas. Ele declarou que ela era um “demônio” e por isso colocou a imagem de uma santa no corpo da vítima. Rogéria Paiva, também travesti, tinha 46 anos, líder comunitária no município de Maracanaú, em Aracaju, foi assassinada a tiros no final do ano de 2018. Aysla Souza, 19 anos, foi assassinada a pauladas em Barra Mansa, no Rio de Janeiro.
Vidas tiradas pela transfobia, pelo preconceito enraizado de uma sociedade que cultua o machismo e despreza o que foge ao padrão imposto. “O assassinato de uma pessoa trans manda um recado: o de que não temos o direito de existir”, é o que afirma a presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson.