“Estamos envolvidos na perspectiva do medo, na cultura de não reparação de danos, de não enfrentamento de problemas do passado”, disse o juiz do Trabalho e professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Jorge Luiz Souto Maior, durante o debate “Os Patrões da Ditadura: Perspectivas para a reparação”.
No encontro, pesquisadores e membros do Judiciário discutiram quais os caminhos para responsabilizar empresas que colaboraram com a ditadura (1964-1985). “Vivemos um golpe dado pelas mesmas entidades que se valeram do golpe de 1964 e agora querem se valer de novo porque não foram punidas. Elas têm novamente a possibilidade de mandar no povo brasileiro”, disse.