O senador Jaques Wagner, do PT da Bahia, apresentou um requerimento no Senado solicitando que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) preste informações sobre o afastamento do servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que supostamente teria repassado informações sigilosas à imprensa sobre a produção de relatórios de inteligência para subsidiar a defesa de Flávio Bolsonaro no caso Queiroz.
Wagner requisitou cópia integral do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e a identificação do profissional para que sejam esclarecidas as dúvidas em relação à produção dos documentos.
“Mais uma vez a sociedade brasileira é surpreendida com notícias envolvendo os deslizes do poder executivo e demonstrando que instituições do país estão sendo usadas na defesa pessoal do presidente da República e de seus familiares”, criticou.
“É preciso investigar essa prática subversiva e responsabilizar gestores que usam seus cargos para promover abusos e ilegalidades. Não podemos esquecer que não é a primeira vez que nos deparamos com a Abin e o GSI envolvidos em casos assim. A cada descoberta do malfeito vão inventar uma nova versão?”, questionou, diante das informações desencontradas sobre o que de fato o servidor teria feito.
Na quarta-feira, 7, Alexandre Ramagem divulgou um vídeo em que deu a entender que o servidor esteve envolvido na produção dos relatórios.
Na quinta-feira, ao ser entrevistado pela rádio Jovem Pan, disse que ele não teve nada a ver com os documentos e que contra o servidor pesaria apenas o fato de ter acessado um organograma que um site publicou.