O senador Jaques Wagner (PT-BA) sugeriu, na última terça-feira (13), durante participação no Brazil Conference at Harvard & MIT, a criação de uma Agenda Nacional para Construção de uma Geração Ecológica, com ações para proteger o patrimônio natural e retomar o protagonismo do Brasil no cenário global. Como presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado, Wagner se comprometeu a trabalhar para transformar o colegiado em uma grande concentração de atores da sociedade civil envolvidos na criação de ações legislativas baseadas no grande impulso para a sustentabilidade e voltadas para um plano efetivo de desenvolvimento.
“Nosso desafio é criar uma agenda, alinhada com o tripé da sustentabilidade econômica, social e ambiental, que tenha como eixos centrais os cuidados com a natureza e o bem-estar da população. Precisamos pensar em diretrizes para proteger nossos biomas, reduzir a poluição e as emissões de gases estufas, enquanto também geramos empregos e renda para a população”, ressaltou. “A nossa ideia é fortalecer a capacidade produtiva e competitiva do país diante do novo paradigma verde que já está espalhado pelo mundo todo”, reforçou Wagner, ao falar para estudantes brasileiros nos Estados Unidos.
Tal ação, segundo o parlamentar, é importante para quebrar preconceitos e evitar novos desmontes praticados pelo atual governo federal no setor do meio ambiente. “A visão de quem está dirigindo o país é totalmente negacionista e não reconhece a importância das questões ambientais. Enquanto outros países falam do Green New Deal e da Civilização Ecológica, o Brasil desmonta estruturas de fiscalização e, praticamente, acaba com o Ministério do Meio Ambiente. Hoje, o órgão tem o menor orçamento dos últimos 21 anos”, lamentou.
“A crise climática é a crise das crises. E não vamos vencer se continuarmos tendo preconceito com o desenvolvimento econômico ou com a necessária preservação do meio ambiente. Até os liberais de bom senso sabem que precisamos cuidar da convivência com o planeta. Não existe dicotomia entre preservação e crescimento econômico. Essa é uma falsa dicotomia dos adversários do Meio Ambiente. Em minha opinião, o desenvolvimento só pode ocorrer com as florestas em pé”, frisou.