Alessandro Dantas

Senador Jaques Wagner durante a audiência pública com o ministro da Previdência Social
Em audiência com o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, nesta quinta-feira (15/5), no Senado Federal, o líder do Governo na casa, Jaques Wagner (PT-BA) fez uma fala contundente para rebater acusações de parlamentares da oposição contra o governo federal diante do esquema de fraudes que desviou benefícios de aposentados e pensionistas no INSS.
“Enquanto o governo anterior cruzava os braços diante da multiplicação dessas entidades fantasmas, o atual governo atua com firmeza para desmontar essa estrutura criminosa e proteger quem mais precisa”, disse Wagner.
O senador pontuou que foi o governo Lula que teve coragem de chamar a polícia e garantir que as investigações da PF e da CGU sigam livres de interferência.
“Não podemos permitir que esse escândalo seja usado como cortina de fumaça por quem se calou quando o problema explodiu. Vamos seguir juntos para garantir justiça aos aposentados e fortalecer os sindicatos legítimos, que sempre estiveram ao lado da classe trabalhadora”, disse o senador durante a sessão com a presença do Ministro da Previdência.
Wagner reforçou que há sindicatos sérios, com histórico de luta e que é preciso distinguir essas instituições das associações criminosas.
“O que aconteceu com os aposentados é um crime hediondo, e a culpa não é das associações legítimas, como a CONTAG, que há mais de 60 anos defende trabalhadores e aposentados. A verdadeira responsabilidade é de sindicatos de fachada e empresas disfarçadas, que surgiram para roubar, não para servir ao povo”, completou.
O Líder do Governo apresentou aos presentes um gráfico com dados do Relatório de Avaliação do INSS, produzido pela Controladoria-Geral da União.
“Os números evidenciam de forma inquestionável que o esquema de descontos fraudulentos em aposentadorias explodiu durante o governo anterior ao nosso. O gráfico é claro: entidades criadas especificamente nesse período passaram a movimentar valores bilionários à custa dos aposentados, com anuência ou omissão do Estado”, completou o senador.