As estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE sobre o desempenho da economia brasileira em 2012), divulgadas no início da semana, “estão aquém das expectativas do governo brasileiro, que não tem medido esforços para evitar o contágio pela crise europeia e reduzir seus efeitos no País”, afirma o senador Walter Pinheiro (PT-BA).
“O Brasil vem enfrentando a crise com um receituário extremamente firme, contundente, mas pautado, principalmente, no consumo interno e na capacidade de crescimento da nossa economia, com geração de postos de trabalho”, avalia o senador.
Ele contestou as previsões da OCDE
Em relatório recente, a OCDE, que projetam um crescimento da economia brasileira de 3,2%, em 2012 e lembrou que o Ministério da Fazenda prevê um crescimento de 4% em no próximo ano. 2012, “graças à atitude do governo para enfrentar a crise”. Se houver alteração positiva no cenário internacional, afirma Pinheiro, esse crescimento poderá chegar aos 5%.
A OCDE, que representa os países considerados desenvolvidos, reduziu suas previsões do crescimento global, calculando que a zona do euro e a Grã-Bretanha podem estar entrando em um período de recessão. “A organização também advertiu que um evento negativo na zona do euro, com a desintegração da moeda única, pode provocar uma contração global”, informa Pinheiro.
O senador, porém, projeta um cenário muito mais positivo para o Brasil. “Desde o governo Lula, enfrentamos recessão e a redução das compras de produtos brasileiros com atitudes contundentes, com investimentos públicos, e não recorrendo meramente a medidas de arrocho, como cortes de salários ou ajuste cambial”.
Cyntia Campos