A presidente Dilma Rousseff trilha um caminho exitoso nas políticas anunciadas para a redução da taxa básica de juros, a Selic. Esta foi a avaliação que o líder do PT e Bloco de Apoio Governo, Walter Pinheiro (PT-BA), fez no plenário do Senado Federal, nesta terça-feira (08/05), sobre os rumos da economia do País. Segundo o senador, desde 2011, o Governo, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), tem dado respostas importantes para as reais necessidades da população e o enfrentamento da crise econômica internacional. Ao reduzir os juros, explicou Pinheiro, o acesso ao crédito aumenta a produção nacional, que, por sua vez, estimula a criação de novos postos de trabalho e a adoção de preços menores.
“A atuação do Copom foi sempre em sintonia com os aspectos econômicos, com a necessidade de resposta e com a capacidade de ir ao encontro da política adotada pelo Governo para reduzir a taxa básica, mas tendo oportunidade de chegar naquilo que é muito mais importante, que é, na ponta, o consumidor; na capacidade de entregar a nossa gente condições de acesso ao crédito, crédito a juros mais baixos, e, ao mesmo tempo, estimular a produção local, a atividade comercial e a retomada de um processo industrial em nosso País enfrentando a dura crise internacional”, afirmou.
Pinheiro destacou que as novas regras da poupança, anunciadas na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, “acertadamente” se soma a um conjunto de medidas adotadas por Dilma desde o início do mandato. A mudança é estratégica para evitar que os esforços para reduzir a Selic não sejam minados pelos investidores, conforme elucida o parlamentar. “O básico da intervenção está no aspecto de inibir alguns investidores, que poderiam migrar da renda fixa ou de outros papéis para a poupança, burlando assim a onda crescente de queda da taxa de juros”, observou.
Dentre as outras medidas tomadas pelo Governo para manter a economia aquecida, a partir da diminuição dos juros, destacados pelo líder petista, estão: os programas Brasil sem Miséria – plano que visa a inclusão social da população mais pobre do País nas oportunidades geradas pelo forte crescimento econômico brasileiro, por meio de transferência de renda e melhoria do acesso a serviços públicos –, Brasil Maior – responsável pela desoneração dos tributos cobrados de alguns segmentos da indústria nacional –, Minha Casa, Minha Vida – mantenedor do aquecimento do setor da construção civil, com a liberação de crédito e a facilitação do financiamento da casa própria –, além dos incentivos para a produção agrícola de alimentos e capacitação profissional.
Todas essas ações já mostram resultados positivos. Um estudo do “Trading Economics”, um portal de economistas que faz projeções com dados do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, mostra que apenas numa comparação do ano passado com os dias de hoje, o Brasil já ganhou 4 posições no ranking das taxas de juros cobradas nas principais nações do mundo. Em 2011, o Brasil ocupava o 58º lugar das nações com maiores índices, com uma taxa média de 11%, atualmente ele está em 54º, com 9%.
Catharine Rocha
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