Mesmo que o acordo para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ainda na noite desta quarta-feira (11/07) tenha sido desfeito, o líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo, senador Walter Pinheiro (PT-BA), insistiu na importância de se chegar a um bom termo com a oposição para permitir que o plenário do Congresso Nacional vote a matéria. Para esta quinta-feira, o plenário da Câmara iniciará a sessão a partir das 9 horas para analisar duas medidas provisórias (563 e 564/2012) vitais para a recuperação da economia e que tratam das políticas públicas do Plano Brasil Maior.
A busca por um consenso continuará ao longo da noite na Comissão Mista de Orçamento, onde DEM e PR fazem obstrução.
Durante toda a tarde Pinheiro participou de reuniões com o presidente da Câmara, Marco Maia, o líder do Governo no Congresso, José Pimentel e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Ideli Salvatti, para costurar um acordo com a oposição para liberar as votações da LDO e, com isso, permitir que o recesso parlamentar inicie na data constitucional, ou seja, a partir de 18 de julho a 1 de agosto. Nesse período, as MPs não contam prazo e podem ser votadas no começo de agosto. Inicialmente, a oposição concordava em votar a LDO nesta noite e postergar a votação das MPs. Vários partidos de oposição apoiaram essa negociação, mas voltaram atrás.
A oposição por diversas vezes durante o dia solicitou a abertura do painel da Câmara para confirmar de fato a presença de deputados no plenário. Inicialmente, apresentou um requerimento para tirar da pauta de votações a MP 563/2012 do Plano Brasil Maior. Até a confirmação dos nomes dos deputados presentes, várias horas se passaram. Em seguida, apresentaram novo requerimento, desta vez solicitando o adiamento de votação da MP por duas sessões.
Marcello Antunes
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