Menos um

Weintraub entra para a história como o pior ministro da Educação

Senadores do PT comentam a saída de mais um ministro da equipe de Bolsonaro, em um dia de grande crise política e tensão pela prisão de Fabrício Queiroz, amigo e assessor do filho do presidente  
Weintraub entra para a história como o pior ministro da Educação

Foto: Agência Brasil

Depois de um ano e três meses à frente de um dos mais importantes ministérios, Abrahan Weintraub é demitido e entra para a história como o pior ministro da Educação.

Sua demissão nesta tarde (18) foi atribuída ao crescente desgaste de Weintraub, que fez ameaças explícitas ao Supremo Tribunal Federal, em reunião ministerial de 22 de abril: “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”, disse na gravação.

O senador Humberto Costa (PE) comentou, em suas redes sociais, sobre a saída de Weintraub e destaca sua atuação em aprofundar as desigualdades: “Abraham Weintraub anuncia saída do governo. Não contribuiu em nada para o país numa das pastas mais importantes. Tentou aprofundar as desigualdades e criou crises internacionais. Foi o pior ministro da educação que o país já teve”.

Opinião compartilhada pelo senador Paulo Rocha (PA), que estranhou a declaração do ex-ministro ao dizer que vai passar o bastão. “Me pergunto o que Weintraub quer dizer com “passar o bastão”. O bastão de quebra de direitos? Pois foi só isso que ele fez durante todo seu período como ministro, uma vergonha”, afirmou o senador.

Para o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, deixa de ser ministro quem nunca deveria ter sido: “Caiu aquele que nunca deveria ter entrado. Já vai tarde, pior ministro da Educação da história do nosso país!”

Cortina de fumaça

“Mais uma vez, Bolsonaro cria um um fato para abafar outro que quer esconder. O governo anuncia a saída do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Grande dia! Mas a demissão funciona como cortina de fumaça para diminuir o impacto da notícia da prisão do Queiroz – amigo da família do presidente”, alertou o senador Jean Paul Prates (RN), em suas redes sociais.
Jean Paul se refere à prisão, nesta manhã, de Fabrício Queiroz, investigado pelo Ministério Público Federal por movimentar mais de um milhão de reais em sua conta, em esquema de corrupção conhecido como rachadinha. Queiroz estava escondido na casa do advogado da família Bolsonaro, no interior paulista.

Refúgio no Banco Mundial

Em sua despedida, Abraham Weintraub disse que teria recebido uma proposta para trabalhar no Banco Mundial, e que irá se sentir “mais seguro” vivendo no exterior, com sua família.

O senador Jaques Wagner comentou sobre o convite, citando o Banco Mundial em suas redes sociais: “Já vai tarde. E espero que o Banco Mundial não se preste ao papel de se tornar depósito de acusados por atos de racismo, preconceitos e autoritarismo”.

A possível ida do ex-ministro para o Banco também foi comentada por Humberto Costa. “Weintraub ainda ganhou um cargo no Banco Mundial. Deve continuar fazendo suas tolices lá. Uma pena. Agora, Bolsonaro deve dar mais um ministério para o Centrão tentando evitar o impeachment. Vergonha”, disse o senador, lembrando dos inúmeros cargos oferecidos por Bolsonaro aos partidos do chamado Centrão, na tentativa de aumentar sua base de apoio no Congresso Nacional e impedir, assim, o andamento dos pedido de processo de impeachment do presidente.

 

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